Uma das maneiras encontradas pela Fifa para homenagear Pelé, maior jogador de futebol da História, que morreu há exatamente um ano, foi pedir que cada federação internacional batizasse um estádio de seu país com o nome do Rei. A sugestão foi feita pelo presidente da entidade, Gianni Infantino, no velório do ídolo do Santos e da seleção brasileira, no segundo dia de 2023. Um levantamento feito pelo GLOBO indica que, quase 12 meses depois, apenas sete dos 211 filiados à Fifa acataram a ideia.
Entre os que toparam a homenagem a Pelé, três ficam na Ásia, dois são da África, um é da América Central e outro, da América do Sul. Nenhuma federação europeia entrou para a lista. Há apenas um campo, sem arquibancada, na sede da Fifa. Também não há nos EUA, onde o Rei jogou por pouco mais de dois anos, no fim da carreira, entre 1975 e 1977.
No Brasil, a cidade de Maceió já tinha o estádio Rei Pelé desde 1970: popularmente conhecido como “Trapichão”, foi inaugurado no auge da carreira do craque, após o tricampeonato mundial do Brasil. Ele ganhou a companhia de outra arena em abril deste ano, quando o Elias Arbex, em Três Corações (MG), terra natal de Pelé, foi rebatizado: saiu o nome de um ex-presidente do Atlético de Três Corações, entrou o do filho mais ilustre da cidade. O clube também incluiu uma coroa em referência ao Rei em seu escudo.
No dia seguinte, foi a vez de Guiné-Bissau comunicar que o Estádio da Rocha, em Bafatá, segunda maior cidade do país, seria rebatizado de Rei Pelé. Com 15 mil lugares, ele recebe as partidas do Sporting Clube de Bafatá.
No Panamá, o governo decidiu batizar com o nome completo do jogador brasileiro um estádio que estava em construção, na cidade de Changuinola, de pouco mais de 70 mil habitantes. Com capacidade para 1.200 pessoas, o Edson Arantes Nascimento foi inaugurado em 20 de janeiro.
Em março, o Kigali Stadium, em Ruanda, foi reaberto após uma reforma e passou a ser chamado oficialmente de Kigali Pelé Stadium. A cerimônia na arena para 22 mil pessoas contou com a presença de Infantino, que discursou ao lado do presidente do país, Paul Kagame, agradecendo o gesto.
Do outro lado do mundo
Vieram da Ásia mais três homenagens ao Rei, todas elas em maio. Primeiro, a Federação de Futebol do Cazaquistão (KFF) deu a um dos campos do centro nacional de treinamento de Talgar, no Sudeste do país, o nome de KFF Pelé Stadium. Nele, acontecem partidas oficiais das categorias de base.
Depois, o estádio da cidade de Al Khader, próximo a Belém, na Palestina, foi reaberto e batizado de Estádio Internacional Pelé Al-Khader. Construído em 2007, ele tem capacidade para seis mil torcedores e é a principal arena dos times da região.