Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

O Globo sexta, 30 de dezembro de 2022

PELÉ: A HISTÓRIA DAS FOTOS INÉDITAS DA VIDA PESSOAL DO REI DO FUTEBOL

 

Por Renan Damasceno e Thales Machado — Rio de Janeiro

 

Fotos inéditas trazem momentos da vida pessoal de Pelé
Fotos inéditas trazem momentos da vida pessoal de Pelé Editoria de Arte

Amigo pessoal de Pelé, o fotógrafo Luiz Alberto Andrade (1936-1998) teve acesso privilegiado à intimidade do maior atleta de todos os tempos, morto aos 82 anos na última quinta-feira. Um acervo inédito de quase 3 mil fotos do Rei do Futebol, ao qual a reportagem do GLOBO teve acesso, acaba de chegar ao Brasil, graças ao esforço dos familiares da viúva do profissional, a jornalista Eugênia Fernandes, que faleceu em setembro do ano passado. As imagens estavam guardadas em estantes no apartamento do casal, em Paris. E nunca tinham sido divulgadas até hoje.

 

 Luiz Alberto conheceu Pelé ainda no Brasil. Nascido em Santa Catarina, o repórter fotográfico se mudou para a capital francesa nos anos 1970, quando trabalhava para a revista Manchete. "(Luiz Alberto) 'descobriu' o Rei muito jovem e eles tinham laço de amizade bastante forte", escreveu a tradicional revista France Football, em 20/6/1998, em matéria sobre a morte do fotógrafo brasileiro. "Muitos jornalistas contataram Pelé graças à boa vontade de Luiz Alberto, e as entrevistas duravam muito mais tempo".

O acervo é composto por pequenos slides de fotos, separadas por caixas temáticas, com data e descrição datilografadas pelo próprio fotógrafo. Compreendem da década de 1970 à de 1990, quando Pelé teve uma vida intensa no exterior. Em 1974, após deixar o Santos, o Rei foi difundir o futebol nos Estados Unidos, onde defendeu o New York Cosmos (1974-1977).

Em solo americano, o jogador se dividia entre vários endereços, como o espaçoso apartamento em Manhattan, com bela vista para os arranha-céus da ilha, e a casa de veraneio em East Hampton, região próxima a Nova York. Lá, como fica evidente nas imagens, Pelé se sentia à vontade, como poucas vezes um astro de sua grandeza poderia estar devido ao assédio de fãs e imprensa.

Por causa dessa cumplicidade de Pelé e Lulu, como o fotógrafo era conhecido, esse acervo se difere tanto do que já foi visto sobre o Rei. Na calma de East Hampton, Pelé cuidava da casa, fazia churrasco, descansava à piscina e recebia amigos. Em uma dessas idas, em agosto de 1990, o ex-jogador se arrisca ao violão, aparece assando carne, alimentando os bichos e retocando a pintura da casa.

O fotógrafo também registrou bastidores de encontros de Pelé com personalidades, como Muhammad Ali, em 1977, ou Franz Beckenbauer, seu companheiro de Cosmos. Viagens a trabalho, de compromissos publicitários e até a intimidade na relação com seus filhos (há registros de aniversários e jantares) e esposas ou namoradas. Como a apresentadora Xuxa, com quem se relacionou nos inícios dos anos 1980. O fotógrafo registrou viagens do casal a lugares como Nova York, Paris e Berlim.

Preservação

 

Agora, os parentes buscam uma forma de preservar esse rico acervo, que estava arquivado em um apartamento em Paris, onde o casal viveu desde a década de 1970.

— Trouxemos quase 200 quilos de material fotográfico em malas. Uma revista francesa nos procurou para adquiri-lo, mas a gente acredita que essas fotos merecem estar no nosso país, onde nasceu Pelé, mas precisam ser preservadas — conta Rosina Wagner, única irmã de Eugênia, que guarda as imagens em sua casa em Copacabana, no Rio de Janeiro.

Luiz Alberto morreu pouco depois da partida entre Brasil e Escócia, na primeira fase da Copa do Mundo da França. Poucos dias antes, recebeu uma vista em seu apartamento que fez questão de fotografar ali mesmo, na sala de estar. Era Pelé.

 
 

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