PEGA NO SERTÃO
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É vaqueiro é boiada
É caatinga é barbatão
É o suor escorrendo
É boi preso no mourão
É espinho de jurema
É o gemido da ema
É a saga do sertão.
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O vaqueiro entra na mata
Campeando sai ferido
Mete a espora ganha o boi
E num aceno atrevido
Seguindo seu coração
Cavalga com emoção
Rumo ao amor proibido.
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E depois do boi no chão
Depois da queda bendita
O vaqueiro apaixonado
Olha pra moça bonita
Apos tirar o chapéu
Pra ela entrega o troféu
Que alegre nem acredita.
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Nas contendas do agreste
Nas pelejas do sertão
O vaqueiro aguerrido
Tem no laço precisão
Mulher só laça na manha
O boi derruba na sanha
E se sagra campeão.
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Foto e versos Dalinha Catunda