Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

O Globo sexta, 21 de agosto de 2020

PEDROCA MONTEIRO: ATOR CONQUISTA PÚBLICO DA INTERNET COM MININOVELA

 

Ator Pedroca Monteiro conquista público da internet com mininovela de personagens hilários

Videos despretensiosos no Instagram viraram sucesso
 
Pedroca cria histórias com as ferramentas do Instagram Foto: Pedroca Monteiro
Pedroca cria histórias com as ferramentas do Instagram Foto: Pedroca Monteiro
 
 

Pedroca Monteiro começou a publicar despretensiosamente uns vídeos no Instagram como forma de driblar a tristeza provocada pelo confinamento. O que o ator não imaginava é que as postagens virariam um grande sucesso. E, agora, diariamente, ao meio-dia, ele divulga um capítulo inédito da mininovela. Sua capacidade de inventar personagens disparatados é impressionante: o ex-marido apaixonado pela ex-mulher, a cantora que quer investir nas lives porque não pode tocar em barzinhos, o guru que faz leitura de gengiva, o gato que odeia o dono bolsonarista. Detalhe: o improviso é sua marca registrada. Os vídeos não têm edição, a história não segue roteiro definido e os personagens não contam com caracterização. Para criar cada um, Pedroca usa e abusa dos efeitos dos filtros que mudam completamente o seu rosto e a sua voz.

Mesmo com todo o amadorismo envolvido, a trama acabou arrebatando fãs e o ator viu o seu número de seguidores pular de 30 mil para mais de 60 mil, em três meses. Ele também passou a colecionar elogios de famosos, como Lulu Santos, Teresa Cristina, Marcelo Adnet e Tatá Werneck. “A mininovela foi a maneira que encontrei de sobreviver. De uma hora para outra, meus trabalhos foram cancelados e fiquei proibido de ver os amigos e a família. Graças a esses vídeos, meus dias começam mais leves”, diz. Antes da pandemia, ele estava em cartaz com a peça “Simples assim” e gravava o humorístico “Fora de hora”, da TV Globo.

Tudo começou com os vídeos do Conrado, um homem descabelado que passa o dia fazendo compras na internet. Em seguida, apareceu a imitação da ex-secretária de cultura Regina Duarte. Depois, veio Sabrina Sacu Xeiu, a clubber cansada de ficar em quarentena e doida para arrumar um namorado. Após o surgimento de Pipi, o gato, a mininovela engrenou. “Pedroca é um daqueles amigos talentosos que sempre admiramos e nunca entendemos por que ainda não tem a sua própria emissora”, diz Tatá Werneck, fã do folhetim. Como a inspiração para a história surge a qualquer hora do dia, o público nunca sabe quem vai aparecer. “Não planejo nada. Ligo a câmera e simplesmente flui”, conta ele, que também integra a turma do Buraco Show e está fazendo apresentações às sextas, às 22h, nas redes sociais.

 
Pedroca usa filtros para compor seus personagens Foto: Pedroca Monteiro
Pedroca usa filtros para compor seus personagens Foto: Pedroca Monteiro

Pedroca é o compositor de “Solidão galopante”, música considerada o hino da quarentena. A canção começa com os versos “Solidão como um cavalo galopante/ Como um cavalo de sete flechas/ Solidão que vem/ Solidão galopante”. A música já ganhou a batida funk, rock e um clipe. Até Lulu Santos e a rainha das lives, Teresa Cristina, gravaram o sucesso. “Ele é talentosíssimo! Criou essa mininovela que está conquistando todo mundo. Estou viciada na história. Adoro o gato Pipi e torço muito pela Letícia”, diz a cantora. Pedroca conta que nem nos seus sonhos mais loucos achou que fosse fazer tanto barulho, inclusive com a música. “Eu só sei dois acordes no violão. Não tenho a menor ideia do que significa um cavalo de sete flechas”, diz, às gargalhadas.

A história do ator, de 38 anos, também daria um folhetim. Filho de economistas, Pedro Henrique nunca quis seguir a carreira dos pais. Quando criança, seu sonho era ser ator mirim. Mas a família dizia que ele só entraria para o teatro se tirasse boas notas na escola. “É claro que isso nunca aconteceu, era péssimo aluno”, lembra. O jeito era fazer apresentações em casa, com as roupas da mãe e das irmãs e dar vida aos personagens que via nas novelas. “Eu queria ser a Natália Lage, que, na época, fazia ‘Perigosas peruas’”. Com 18 anos, depois de terminar o colégio, enfim entrou para o Tablado. A primeira vez nos palcos foi em “O círculo de giz caucasiano”, de Bertolt Brecht. Na noite anterior à estreia, não dormiu preocupado com a reação da família. “Recebi uma carta linda da minha irmã que dizia que nunca havia visto meu olho brilhar tanto”, conta ele. Depois disso, vieram muitas outras peças. Em 2010, pisou na Globo pela primeira vez para gravar “S.O.S Emergência”. A primeira grande participação em novela foi em “Espelho da vida”, trama de 2018.

Mesmo com toda correria, nunca deixou de postar vídeos. Desde 2016, mantém o canal Pedroca Desabafa, no YouTube. Graças a esse projeto, foi convidado a fazer um quadro homônimo no “Papo de segunda”, no GNT. “O humor é uma arma poderosa. A gente pode abordar assuntos importantes, sem precisar apontar o dedo para ninguém. E, quando o espectador se dá conta, ele está pensando sobre aquele assunto e rindo ao mesmo tempo”, acredita.


Escreva seu comentário

Busca


Leitores on-line

Carregando

Arquivos


Colunistas e assuntos


Parceiros