Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Correio Braziliense terça, 04 de junho de 2019

PAULO ZIMBRES, O ARQUITETO QUE TRAÇOU ÁGUAS CLARAS E NOROESTE, MORRE AOS 86 ANOS

 


OBITUÁRIO  - Paulo Zimbres, 86 anos

 

» CAROLINE CINTRA
» MARIANA MACHADO

Publicação: 04/06/2019 04:00

 (Carlos Vieira/CB/D.A Press - 27/7/05)  
 
O delineado de arranha-céus de Águas Claras e o moderno desenho que o Noroeste vem ganhando levam a assinatura de um dos grandes nomes da arquitetura de Brasília. Os traços são o legado que Paulo de Melo Zimbres deixa para a capital do país. Na madrugada de ontem, o arquiteto, que também projetou o Jardins Mangueiral, morreu aos 86 anos, devido a uma pneumonia. Ele deixa cinco filhos, sete netos, três bisnetos e muitos discípulos e admiradores.

Paulo Zimbres casou-se duas vezes. O caçula do primeiro relacionamento seguiu os traços do pai. O arquiteto Marcos Zimbres, 56, recorda emocionado os momentos que passou trabalhando ao lado dele. “Foram quase 20 anos juntos no escritório. Talvez, por isso levei muito puxão de orelha, mas tudo para o bem. Era um pai atencioso, preocupado e uma verdadeira inspiração”, afirma. A paixão pela arquitetura era uma constante. “Ele nunca parou de trabalhar e nem quis. Sempre dedicado, ele acreditava muito no urbanismo, na capacidade de fazer melhorias no convívio humano.”

Nascido em Ouro Preto (MG), Zimbres graduou-se em arquitetura pela Universidade de São Paulo (USP), em 1960. Ao longo da carreira teve trabalhos publicados em revistas como Projeto, Acrópole e AU (Arquitetura e Urbanismo) e projetos reconhecidos em bienais de arquitetura. Venceu a disputa de projetos da nova sede do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do DF (Crea-DF). “No ano passado, falei com ele sobre a segunda etapa da sede. Aprovamos a primeira porque gostamos do resultado. Era um profissional renomado e, nesse momento, merece ser exaltado por tudo o que fez. Brasília perdeu um profissional e tanto”, ressaltou a presidente do Crea-DF, Fátima Có.

Por meio de nota, o Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Brasília (CAU-BR) lamentou o falecimento do arquiteto e urbanista. O presidente do CAU-DF, Daniel Mangabeira, afirmou que o Brasil perdeu um grande profissional, um homem gentil que deixou um belíssimo legado construído Brasil afora. “Deixou em todos os arquitetos, com quem trabalhou, uma mensagem de amor à profissão e à vida”.

O engenheiro Eustáquio Ribeiro teve o prazer de estar com Zimbres nos últimos dias de vida. Ele se refere ao colega de trabalho como um dos grandes expoentes da arquitetura. “A arquitetura fica menor com a morte dele. O Paulo morreu em plena atividade. Uma pessoa extremamente ética, leal e de competência invejável”, destacou.

Academia
 
Além de arquiteto, Paulo Zimbres também fez história como professor da Universidade de Brasília (UnB), onde lecionou de 1968 a 1991. A reitora Márcia Abrahão prestou uma homenagem em nome da instituição. “Ele emprestou talento e dedicação a obras que são a cara de Brasília e também da UnB. Seu legado continuará trazendo beleza a nossas paisagens e, na universidade, inspirando os futuros arquitetos”.

Ex-secretário de Cultura do DF, Silvestre Gorgulho é outro que lembrou a importância do arquiteto para a capital. “Uma perda muito grande para Brasília.Trabalhou com afinco para modernizar e dar melhores condições de vida para a população do Distrito Federal. Um artista da arquitetura.”

Águas Claras
 
Em entrevista publicada pelo Correio em maio de 2017, Paulo Zimbres escreveu um artigo em que fala sobre o projeto de Águas Claras. Com o título Cidade necessária, ele descreveu como pensou a região administrativa e comentou sobre a polêmica mudança na densidade populacional.

“Esperavam que fizéssemos superquadras. Mas, entendendo que era uma cidade com mais atividades e uma liberdade maior que a do Plano Piloto, decidimos que ela abrigaria áreas mistas, ou correria o risco de virar um dormitório e perdesse no uso do metrô. Pensamos em uma cidade mais complexa, mais rica em atividade e com menos restrição de uso. Propusemos até um setor de indústria e áreas comerciais com liberdade de se fazer no térreo dos condomínios.

Como a Rua Augusta, em São Paulo. Pensamos em uma densidade de 300 habitantes por hectare”, explicou o arquiteto.
O velório de Paulo Zimbres será hoje, a partir das 8h, na capela 1 do cemitério Campo da Esperança, da Asa Sul. O sepultamento está marcado para as 11h.
 
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