Rogério Ceni define eliminação precoce do São Paulo no Paulistão: ‘É um fracasso muito grande’
Foto: Rubens Chiri/SPFC
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Por Ricardo Magatti
14/03/2023 | 07h36Atualização: 14/03/2023 | 08h34
Treinador fala em frustração e cita lesões e falta de efetividade como explicações para insucesso do time no Estadual; equipe tricolor foi eliminada pelo Água Santa nos pênaltis
Perceptivelmente abatido, mas aparentemente calmo, Rogério Ceni reconheceu que a eliminação precoce do São Paulo nas quartas de finais do Campeonato Paulista representa um fracasso para o time, comissão técnica, jogadores e clube. Ele disse repetidas vezes que o sentimento é de frustração e evitou comentar sobre o seu futuro porque estava de cabeça quente.
“É um fracasso muito grande não chegar à semifinal do Campeonato Paulista”, admitiu o treinador em entrevista coletiva depois do revés nos pênaltis para o Água Santa no Allianz Parque. Já era quase meia noite quando ele começou a falar após o tropeço no Allianz Parque. Ceni reconheceu que a equipe tinha a “obrigação de passar” de fase diante do Água Santa..
“Gostaríamos que os torcedores tivessem saído do estádio felizes. É frustrante, não conseguimos dar a resposta que a torcida merecia”, adicionou. “É muito frustrante sair desclassificado daqui, não tem outra palavra”. Havia quase 40 mil torcedores na casa do Palmeiras, onde foi a partida. O Morumbi estava sendo usado por show do Coldplay.
As lesões, argumentou o técnico, ajudam a explicar o insucesso são-paulino no Paulistão. O time começou o duelo desta segunda-feira com nove lesionados. No decorrer da partida, perdeu mais dois atletas por contusão: o argentino Galoppo, artilheiro do torneio, com um problema no joelho, e o lateral-esquerdo Welington, que jogou os minutos finais no sacrifício.
São Paulo foi eliminado nas quartas de final do Paulistão com revés nos pênaltis Foto: Rebeca Reis/Ag.Paulistão
“Sofremos muito com as lesões”, lamentou. “Agora mais uma (de Galoppo), provavelmente de ligamento de tornozelo. Tem jogadores ficando sete, oito meses afastado do gramado. São lesões sérias, sem perspectiva de volta”.
O técnico defendeu seu trabalho usando números do time no Estadual. Com um elenco oxigenado e rejuvenescido em relação à temporada passada, o São Paulo chegou ao mata-mata com o melhor ataque, mas passou em branco diante do Água Santa. Essa falta de efetividade, na avaliação de Ceni, é o maior problema da equipe.
“O São Paulo é um time muito competitivo, mas que muitas vezes não consegue ter um poder de definição, não consegue transformar em gols sua superioridade”, analisou. “A gente perdeu para um time que, em tese, não deveria perder, por mais forte fisicamente que seja e que tenha seus valores. Não tivemos capacidade e calma para fazer o gol”, frustrou-se.
O comandante são-paulino entende que existe “um processo de trabalho bom” e que os jogadores “sabem onde eles querem chegar”. Ao contrário do que fez em algumas ocasiões na temporada passada, Ceni preferiu não colocar sua permanência em xeque. “O clube tem de pensar no que pode ser feito, mas hoje não é o dia de pensar nisso”, afirmou.
SEM ATIVIDADE AGORA
Fora do Estadual, o São Paulo terá semanas sem jogos, reservadas somente para treinar, descansar e recuperar seus machucados. A previsão é de que o time volte a campo na primeira semana de abril, data da rodada de abertura da fase de grupos da Copa Sul-Americana. No Brasileirão, estreia dia 16 de abril, contra o Botafogo, no Rio.