Abel aponta erros do Palmeiras no dérbi: ‘Se fosse jogo eliminatório, pagaríamos caro’
Foto: Reprodução/TV Palmeiras
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Por Ricardo Magatti
17/02/2023 | 08h00Atualização: 17/02/2023 | 09h00
Treinador, entretanto, enaltece postura dos atletas e diz que clássico serve pra testar a força da equipe
Abel Ferreira apontou erros que, na sua avaliação, foram determinantes para a vitória sobre o Corinthians ter escapado no primeiro dérbi de 2023. O Palmeiras saiu atrás no marcador após gol de Róger Guedes, buscou a virada, mas levou o empate na reta final da partida na Neo Química Arena e o jogo terminou 2 a 2.
Na análise do treinador português, o primeiro gol, de Guedes, foi resultado de uma falha da defesa palmeirense. No lance, a zaga bateu cabeça e deu de presente a bola para Renato Augusto, que rolou para atacante corintiano chutar. “O primeiro gol do adversário foi mais demérito nosso do que mérito deles. Há erros que não podemos cometer, se fosse um jogo eliminatório, poderíamos pagar caro”, alertou. O segundo gol do Corinthians, de Gil, que definiu o resultado, foi “esquisito”, na definição do comandante palmeirense.
Na sua avaliação, se o time tivesse tido um “bocadinho” mais de calma e precisão nos passes no fim da partida, poderia ter feito o terceiro gol e ganhado o jogo. “O adversário já estava todo lançado à frente. Mas não deu, temos de aceitar o empate”.
Rony brilhou no dérbi com dois gols, ambos de cabeça Foto: Cesar Greco/Palmeiras
Ele enalteceu, no entanto, a postura da sua equipe. “Tivemos calma em um estádio com uma atmosfera forte, pesada. Não é fácil jogar esses jogos”, afirmou. “Quem gosta de jogo com muitos gols, viu. Quem gosta de jogo disputado, viu também. Mesmo com a chuva, muitos momentos foi um jogo bem jogado. Nossa intenção era ganhar esse jogo, mas hoje não deu”, emendou.
A atmosfera adversa para o Palmeiras que a torcida corintiana criou em Itaquera foi elogiada por Abel Ferreira, que disse gostar de estar em jogos com estádios lotados e pulsando. Ele até defendeu o fim da torcida única nas arquibancadas, medida em vigência em São Paulo desde 2016. “Seja onde for, contra quem for, gosto de ganhar e gosto de ver estádios cheios, como nós vemos no Allianz Parque. Pena que não possa ter as torcidas dos dois lados, como na Supercopa”, lamentou. Havia 45 mil corintianos em Itaquera.
O clássico serviu para testar a força do Palmeiras, único que ainda não perdeu no Paulistão, de acordo com o português. “Eu, particularmente, gosto de jogar com estádios cheios e contra rivais que nos obrigam a nos desafiarmos porque só somos os melhores se enfrentarmos os melhores. São esses jogos que preparam para o que vem”, justificou.
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O resultado diante de seu maior rival mantém o Palmeiras como único invicto do Campeonato Paulista e time de melhor campanha da competição. São 21 pontos, frutos de seis vitórias e três empates, que lhe garantem a liderança tranquila do Grupo D. O próximo desafio é contra o Red Bull Bragantino, em casa, na quarta-feira de cinzas, às 21h35.