DA LAPINHA AO PASTORIL
Raimundo Floriano
No Nordeste, especialmente nos Estados de Pernambuco, Rio Grande do Norte, Paraíba e Sergipe, a Lapinha, geralmente, é representada por mulheres, e o Reisado, por homens. Isso não é regra fixa, pois, em algumas localidades, o Pastoril e o Reisado se apresentam com elenco misturado.
A Lapinha, ou Presépio – palavra que significa curral – conta o nascimento de Jesus e a visita dos Reis Magos. É o Pastoril Sagrado. Já o Pastoril Profano, composto, quase sempre por seis Pastoras do Cordão Encarnado, seis Pastoras do Cordão Azul e uma Diana, pertencente aos dois cordões, tendo um Velho como palhaço e Mestre-sala, é pontuado por temas livres, chistosos, apimentados, muito ao gosto do público galhofeiro.
Em janeiro de 1989, gravei no videocassete o espetáculo a seguir, apresentado na TV, tendo como mestre-de-cerimônia a atriz Elke Maravilha, e estrelado por atrizes da Globo e pelos atores Grande Otelo, Velho do Cordão Encarnado, e Gugu Olimecha, Velho do Cordão. Dois Velhos, vejam só! Porém isso imprimiu mais graça e humor ao espetáculo.
Do videocassete, passeio-o para o DVD, e agora para o youtube, no intuito de apresentar a vocês, em 52 minutos de verdadeiro encantamento, esta bela amostra da Cultura Religiosa Nordestina:
https://raimundofloriano.com.br/videos/pastoril.mp4