Paris — Quando o assunto é estreia em Jogos Olímpicos, a Seleção Brasileira feminina de handebol não amarela. A prova disso está na vitória da equipe comandada pelo técnico Cristiano Rocha sobre a Espanha, por 29 x 18, nesta quinta-feira (27/7), no debute pelo Grupo B, na Arena 6 Paris Sul, na capital francesa.
A Seleção foi superior à Espanha durante os dois tempos. Embora tenha sido derrotada pelas europeias no último jogo da fase de grupos do Mundial em dezembro de 2023, não se intimidou e controlou as ações. A principal via ofensiva foi a armadora Bruna de Paula, campeã da Champions League com Gyori Audi ETO KC, da Hungria, com seis gols em nove investidas.
A torcida também foi providencial no início positivo. Torcedores brasileiros eram maioria em relação aos espanhóis e fizeram muito barulho desde a execução do Hino Nacional. Gritos de “defesa, defesa” embalaram a goleira Gabriela Moreschi na função de paredão, com intervenções de alto grau de dificuldade em 14 de 31 arremates.
Caçula entre as convocadas da Seleção, a armadora brasiliense Kelly Rosa, de 20 anos, entrou no decorrer da partida, estreou em Jogos Olímpicos e colaborou para a manutenção da vantagem.
A modalidade
O handebol feminino é disputado entre duas equipes com sete jogadoras cada, em quadra coberta de 40m de comprimento por 20m de largura. A regra prevê que as atletas deem, no máximo, três passos sem driblar e segurar a bola por até três segundos. Sai vitoriosa a equipe com maior número de gols em dois tempos de trinta minutos.
A estreia da modalidade foi nos Jogos de Berlim-1936, somente com a disputa masculina, vencida pelos donos da casa. O retorno ao programa foi na Alemanha, em Munique-1972, com o título da Iugoslávia. A versão feminina do handebol entrou no cronograma do megaevento na edição de Montreal-1976, quando a antiga União Soviética acumulou os ouros com os homens e com as mulheres.