30 de agosto de 2021 | 09h25
O Comitê Paralímpico Brasileiro tinha duas metas para a Paralimpíada de Tóquio: a primeira era se manter no top-10 do quadro de medalhas, o que está sendo alcançado por enquanto, mas só teremos certeza após o fim dos Jogos. A segunda era conquistar no mínimo 13 ouros, número que faria o País chegar a 100 medalhas douradas paralímpicas. Com a conquista de Claudiney Batista no atletismo, já são 11, restando apenas duas para chegar ao número pretendido.
Claudiney Batista dos Santos se sagrou bicampeão paralímpico na final do lançamento de disco masculino F56 (atletas com lesão na coluna, que competem sentados). O brasileiro quebrou o próprio recorde nas Paralimpíadas, com 45.59m, e garantiu a terceira medalha paralímpica da carreira, a segunda dourada. Já na manhã, foi por muito pouco que Vinícius Rodrigues acabou com prata: chegou apenas um centésimo de segundo atrás do russo Anton Prokhorov na prova dos 100m rasos da classe T63 (atletas com amputações acima do joelho, que usam prótese).
Alessandro Rodrigo conseguiu outra prata no arremesso de peso, ao lançar para 13,09m na classe F11 (atletas cegos). O ouro foi para Mahdi Olad, do Irã e o bronze para Oney Tapia, da Itália.
Bruna Alexandre jogou bem, mas acabou sofrendo uma derrota para a australiana de origem chinesa Qian Yang na final da classe 10. A brasileira perdeu por 3 sets a 1, com parciais de 13x11, 6x11, 11x7 e 11x9. No tênis de mesa, as classes 1 a 5 são para cadeirantes e as classes de 6 a 10 para andantes, sendo que a classificação é feita com base na dificuldade motora dos atletas - quanto maior, menor a classe.
O Brasil goleou o Japão por 4 a 0, gols de Nonato, Paraná e Ricardinho (2), tomou a liderança do grupo A e garantiu vaga nas semifinais. Antes do mata-mata, porém, o Brasil enfrenta a França pela última rodada da fase de grupos.
A seleção feminina brasileira de goalball venceu o Egito, atual campeão africano, por 11 a 1 e garantiu a classificação para as quartas-de-final. Jéssica foi o nome do jogo, com oito gols. Nas quartas-de-final, o Brasil enfrenta a China.
Na bocha, o Brasil teve alguns classificados e outros eliminados. Na classe BC1, José Carlos Chagas superou Tomar Kral, da Eslováquia, por 4 a 2, e se classificou. Maciel Santos, que venceu Claire Taggart, da Grã-Bretanha, por 8 a 1, já estava garantido na próxima fase da classe BC2. Eliseu Santos venceu Yuk Leung por 6 a 4 e também avançou na BC4. Evelyn Oliveira, porta-bandeira do Brasil na cerimônia de abertura, derrotou o australiano Daniel Michel por 3 a 2 e avançou com 100% de aproveitamento.
Por outro lado, Guilherme Moraes, Evani Soares, Natali de Faria e Mateus Carvalho perderam e foram eliminados, mas ainda disputam na competição por equipes. Moraes chegou a jogar mais uma vez, e venceu, mas não foi o suficiente para se classificar.
Rodolpho Riskalla fechou sua apresentação no hipismo adestramento estilo livre em quinto lugar. O cavaleiro fez uma boa apresentação, mas não conseguiu voltar ao pódio em Tóquio, após levar uma prata no hipismo adestramento. Com o cavalo Don Henrico, o brasileiro somou 74.070. O ouro ficou com a holandesa Sanne Voets, com 82.085. Louise Jakobsson, da Suécia, com 75.935, e Manon Clayes, da Bélgica, com 75.680, completaram o pódio.
Meirycoll Duval acabou eliminada na segunda rodada, ao levar dois 'pneus' e é superada pela japonesa Yui Kamiji por 2 sets a 0 (6/0, 6/0). Com o resultado, ela se despede da disputa no simples feminino.
Alexandre Galgani não conseguiu vaga para a etapa final da carabina de ar 10m SH2, na classe R4. Ele fechou as eliminatórias na 22ª colocação, com 622 pontos. Galgani ainda disputa outras duas provas do tiro esportivo nas Paralimpíadas de Tóquio.
Esperança de medalha do Brasil no tiro com arco, Jane Karla acabou eliminada nas oitavas de final do composto individual. Ela enfrentou a campeã mundial da categoria, a italiana Eleonora Sarti, que levou a melhor por 146 a 140. A brasileira havia garantido a classificação com a terceira melhor campanha na primeira fase.