Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

O Globo domingo, 01 de agosto de 2021

PAOLLA OLIVEIRA ESTREIA ENSAIO SEM PHOTOSHOP: É LIBERTADOR PODER SER EU MESMA

 

Paolla Oliveira estrela ensaio sem Photoshop: 'É libertador poder ser eu mesma'

Atriz, de 39 anos, fala sobre a questão dos padrões, novo amor e transformação pós-Covid
Paolla Oliveira. Foto: Fe Pinheiro / Arquivo
Paolla Oliveira. Foto: Fe Pinheiro / Arquivo
 

No último fim de semana, Paolla Oliveira “quebrou a internet” ao subir no palco do show de Diogo Nogueira e, depois de semanas de especulações, assumir o romance com o sambista, tascando-lhe um beijo na boca, para delírio da plateia — e de milhares de fãs em polvorosa com o compartilhamento do vídeo. Anônimos e famosos comemoraram o início do namoro, “shippando” o casal. “A torcida do público me surpreendeu”, diverte-se a atriz, de 39 anos. “Eu, que sempre tentei blindar meus relacionamentos, de repente me vi nessa situação. Mas está bom, está leve”, diz, abrindo um sorriso de orelha a orelha, do outro lado da chamada de vídeo.

Em uma hora e meia de entrevista, Paolla mostra-se por inteiro. Topou, inclusive, que este ensaio fotográfico fosse publicado sem retoques. “As fotos foram feitas em um dia bom, em que eu estava me sentindo bonita, nem pensei que tinha uma dobra aqui ou ali. É libertador poder ser eu mesma”, diz ela. “Adoro uma foto em que eu estou de lado, de biquíni, que mostra o meu braço bem real. Lá atrás, quando estava no início da minha carreira, sofri muito bullying por causa do tamanho do meu braço.”

A seguir, a atriz paulistana fala mais sobre a relação com o corpo, a dança, o novo namorado, a família e o trabalho.

QUESTÃO DE PADRÃO

“Estou sempre com um pé no padrão e outro fora dele, chega a ser engraçado. Gosto de me sentir bem e trabalho para isso, não tenho vergonha de dizer. E acho que estou lidando melhor com as expectativas dos outros em relação a mim, uma conquista importante. Eu me sinto mais bonita hoje do que quando tinha 20 e poucos anos. A beleza é um lugar de segurança. Já tive problemas com as minhas coxas. Inclusive, perdi trabalho por elas serem grossas. Hoje entendo que tudo bem não me enquadrar em um biotipo específico. Faz parte do meu amadurecimento e também das conquistas da sociedade, pois agora as mulheres conseguem encontrar identificação em outras mais gordinhas, mais baixinhas... Gosto de passar uma mensagem de autoconfiança para a mulherada. Isso tira a pressão do padrão.”

FOTOGALERIA:Confira ensaio sem retoques completo

DANÇA LIVRE

“Quando participei do ‘Dança dos famosos’ pela primeira vez, em 2009, estava apavorada, morria de medo de cair ao vivo em pleno ‘Domingão’. Tinha entrado na TV há pouco tempo, em 2005. Agora, no ‘Super Dança dos Famosos’, fico mais tranquila porque consigo me divertir um pouco. Como boa ariana caxias que sou, treino muito, mas me cobro menos. Mas não é fácil. Passaram-se 13 anos! É muita articulação para botar em ordem, fico toda dolorida depois que a adrenalina passa.

Fiquei surpresa com a proporção que tomou a minha apresentação de funk. André Marques e Tiago Leifert fizeram comentários que não foram legais, do tipo ‘fiquei com calor’ e ‘que dança foi essa’. Mas, para mim, o que prevaleceu foram as observações das meninas ali presentes. A Fabiana Karla, por exemplo, chamou minha ‘raba’ de maravilhosa, nas palavras dela! É um momento de liberdade poder usar meu corpo para dançar funk e rebolar, logo eu que por tanto tempo fui guardada na gaveta da mocinha da novela. Por conta do que ainda precisa ser transformado, a gente não pode deixar de exaltar uma construção bacana que existiu ali, o empoderamento feminino. E na tarde de domingo.”
Paolla Oliveira Foto: Fe Pinheiro / Arquivo
Paolla Oliveira Foto: Fe Pinheiro / Arquivo

 

BELEZA DEMOCRÁTICA

“Há três meses, virei sócia de uma clínica de estética, que vende a democratização da beleza. Eu, que parcelei tudo o que tenho na vida, sei da importância de poder dividir uma aplicação de botox ou um tratamento em uma máquina de última geração. Parece um discurso bipolar defender a beleza natural e vender tratamento em parcelas? Não para mim. Uma coisa não invalida a outra. Acredito que a gente tem que ter liberdade para fazer o que quiser desde que seja feliz, até colocar litros de silicone. Ou aparecer na capa de uma revista sem retoques.”

 
 

TRANSFORMAÇÃO PÓS-COVID

“Eu e a irmã da minha mãe, que mora comigo, pegamos Covid-19 em novembro. Tive dor no corpo, e fiquei com o raciocínio muito lento. Senti medo de não conseguir voltar a trabalhar, porque eu falava devagar. Assustador. Fiquei vulnerável demais. Isolada, resolvi mergulhar no universo virtual e descobri um mundo pulsante. Tive vontade de me conectar mais com os projetos sociais da Maite Schneider (do Transempregos), do Renê Silva (Voz das Comunidades) e do Raull Santiago (Coletivo Papo Reto).”

 

UM SUSTO

“Em março, teve um incêndio na minha casa, no Rio. Eu não estava lá, nem a minha tia. Os vizinhos chamaram os bombeiros. Ninguém ficou ferido. Os gatos correram um para cada lado, e tem um sumido até hoje. A casa acabou. Acho que foi problema com um ar-condicionado, mas, como não tinha seguro, não fui atrás de saber a causa. Fico aliviada de pensar que o prejuízo foi só material. Estou numa morada provisória. Até hoje, pego roupas que aparentemente tinham sido salvas e elas desmancham na minha mão. Mas a gente tem basicamente dois caminhos para escolher: sofrer e ficar olhando para trás ou olhar para frente. Prefiro a segunda opção. Ninguém vai para frente olhando pelo retrovisor.”

 
 

O ENCONTRO

“Não conhecia o Diogo pessoalmente, nunca tinha ido a um show dele. O (também sambista) Mumuzinho, amigo nosso em comum, fez as apresentações, e foi tudo muito tranquilo. Eu tinha terminado um relacionamento há um tempo, e não tinha expectativa para nada. Na verdade, nunca crio expectativas para essas coisas. Mas deu samba (risos). Bons encontros são para a vida. Se posso falar alguma coisa é que estou tendo a sorte de conhecer o Diogo mais de perto. Ele tem uma luz enorme, poderosa, potente. É uma sorte poder estar ao lado de uma pessoa que você ouviu falar que é muito legal e, quando chega perto, é tudo aquilo e ainda mais. Tenho sorte.”

‘O SAMBA É MEU DOM’

“Sou muito apaixonada por samba, inclusive é uma coisa que meu pai ficou encucado quando fui rainha de bateria pela primeira vez (em 2009): ‘Menina, desde quando você gosta de samba?’. Realmente, não sei. Mas amo desde que me mudei para o Rio, com 20 e poucos anos. Curti muito e tive a oportunidade de conhecer pessoas especiais como Zeca Pagodinho, Arlindo Cruz, Martinho da Vila. E o João Nogueira (pai de Diogo, morto em 2000) é um ícone. Então, para quem gosta do bom samba, realmente é um privilégio (esse namoro).”

 
 
Paolla Oliveira Foto: Fe Pinheiro / Arquivo
Paolla Oliveira Foto: Fe Pinheiro / Arquivo

 

XÔ, CIÚMES

“Já sofri por ciúmes (de ex-namorados), até antes de virar artista, e acho péssimo. Quando estou com uma pessoa, tento deixá-la segura para que o ciúmes não exista, independentemente da minha persona. É um sentimento que não leva a lugar algum. Sentimento não, essa coisa chamada ciúmes. Então, afasta isso de mim! E quero para quem está comigo a mesma coisa que quero para mim: que brilhe ainda mais. E deixa as mulheres curtirem (o Diogo) e serem felizes. Eu também gritaria ‘lindo’ se estivesse lá embaixo, na plateia.”

PRÓXIMOS TRABALHOS

“Estou reservada para uma novela, que, aparentemente, começa em dezembro. Será a minha primeira das sete, uma comédia. Vou ter três filhos, menina, pensa! E tenho um filme para lançar com Lázaro Ramos, rodado em fevereiro e que parece que sai ainda este ano, inspirado no livro do Marcos Piangers, ‘O papai é pop’. Já tinha feito uma novela com o Lázaro, mas pouco contracenamos, e descobri que ele é um parceiro de cena queridíssimo. E, no longa, estou gordinha e sem maquiagem. Foi delicioso me ver assim. No filme, a gente fala sobre a elaboração de um pai desconstruído. E acho isso tão moderno e importante.”

 

FAMÍLIA DA VIDA REAL

“Lá em 1900 guaraná com rolha, eu fazia balé e meus irmãos, judô. Em casa, era bem complexo. Meu pai me criou para ser uma mulher comandada, tolhida. Quando queria dar a minha opinião, ele perguntava: ‘Quem mandou falar? Por que acha que tem que ter opinião?’. Meu pai realmente não tinha ideia do tamanho dessa frase... Coube a mim fazer um trabalho de formiguinha. Uma das conquistas da minha mãe foi se formar agora em Medicina. Desde que sou criança, ouço-a falando que desejava ser médica. Mas ela precisou quebrar padrões. Primeiro, casou-se, teve três filhos e deixou o estudo para depois. Tenho muito orgulho.”

FUTURA MÃE?

“Há cerca de dois anos, fiz o congelamento de óvulos porque não há como brigar com a ciência nem com a natureza humana. Foi para eu ter a opção (de ser mãe) e não sofrer imposições. E continuo aqui, plena. Ainda é cedo para eu pensar em filhos, imagina... Sim, o Diogo é um bom pai, tem um menino de 15 anos. Gostar de família, fora aquela luz toda, realmente é uma coisa boa.”


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