Unidos por bandalheiras cometidas em parceria no passado recente, o ex-presidente e o ex-ministro terão um destino comum
Condenado pelo juiz Sérgio Moro a 12 anos de prisão, Antonio Palocci é Lula amanhã. O conteúdo da sentença avisou nesta segunda feira que o prontuário do Italiano, codinome do ex-ministro da Fazenda e ex-chefe da Casa Civil no departamento de propinas da Odebrecht, frequentemente se funde com as anotações na folha corrida do Amigo, como foi rebatizado o ex-presidente no mesmo listão da empreiteira. Os crimes que os uniram no passado recente prenunciam um destino comum.
A primeira condenação vai apressar a delação premiada de Palocci, que tem muito a revelar sobre o deus da seita petista. Mas a divindade apeada do altar, prestes a ser julgada por Moro, não poderá escapar da cadeia pela rota que seu ex-ministro está pronto para percorrer. Foi ele o chefe supremo do bando. Não há nenhum superior hierárquico a delatar.