Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Domingo – Dia de Matinê no Cinema Local domingo, 17 de março de 2024

PACTO DE JUSTIÇA (2003) – UM ÓTIMO FILME DE KEVIN COSTNER

 

HOJE: WESTERN, AÇÃO

PACTO DE JUSTIÇA (2003) – UM ÓTIMO FILME DE KEVIN COSTNER

GENTILEZA DO COLUNISTA CÍCERO TAVARES

 

Terceiro filme produzido e dirigido por Kevin Costner. Os demais foram o clássico “Dança com Lobos” (1990) e “O Mensageiro” (1997) que, durante as filmagens o ator Robert Duvall sofreu um acidente, caindo do cavalo em que montava e quebrando várias costelas devido à queda. O orçamento de “Pacto de Justiça” (ou Open Range),foi de US$ 26 milhões. Bilheteria 69 milhões.

No filme Denton Baxter (Michael Gambon) é um poderoso vaqueiro do Oeste americano que ameaça todos aqueles que podem tirar seu poder na cidade em que vive. Cansados desta situação, Charley Waite (Kevin Costner), Boss Spearman (Robert Duvall), Button (Diego Luna) e Mose Harrison (Abraham Benrubi) decidem enfrentá-lo. Porém em meio à batalha Charley acaba conhecendo Sue Barlow (Annette Bening), uma mulher que conquista seu coração. É a volta do diretor e ator a um de seus temas favoritos, o Velho Oeste, com uma abordagem peculiar sobre um assunto raríssima vezes abordado por produções anteriores.

Aliás, a capacidade de Kavin Costner de cavar assuntos diferentes dentro do gênero western para mergulhar neles merece ser aplaudida. Em Dança com Lobos, ele teve a coragem de envolver o espectador nos detalhes dos hábitos da vida dos americanos nativos ao inserir seu protagonista, John J. Dunbar, em um meio desconhecido, que ele vai desvelando diante de nossos olhos sem preconceito e sem rótulos.

Em Pacto de Justiça, o foco é o conflito entre dois tipos de cowboys: os chamados pejorativamente de “free grazers” (ou pastores livres) e os rancheiros. E antes que alguém venha aqui apontar que o conflito entre colonos e rancheiros é alvo de diversas obras do gênero, saliento logo: não há colonos que almejam viver da agricultura em Pacto de Justiça. O conflito é mesmo entre um grupo de homens, representado pelos personagens de Robert Duvall e Kevin Costner, que cuidam de seu gado no pastoreiro livre (o Open Range do título original), ou seja, em “terra de ninguém” e os rancheiros que têm terras próprias para o mesmo fim. Esse aspecto bem particular, até onde se sabe, jamais foi abordado em obras anteriores.

Mas Pacto de Justiça, não se enganem, também é uma típica história de vingança, daquelas em que os relutantes heróis são pacifistas, mas sabem que a violência é necessária em determinados momentos nesse Oeste Selvagem. Com isso, a fita ganha contornos mais familiares ao público em geral, permitindo que a segunda metade seja voltada exclusivamente para esse aspecto, com a transformação de Boss Spearman (Duvall) e principalmente Charley Waite (Costner) de vaqueiros em pistoleiros. Mas, até isso acontecer, a construção dos personagens é crível, graças a um roteiro cadenciado de Craig Storper, em seu único roteiro para o cinema até agora, baseado em romance do famoso escritor americano de faroestes Lauran Paine, de quem Costner sempre foi fã declarado.

De toda maneira, Kevin Costner mostra sua costumeira segurança na direção, transitando entre tomadas em plano aberto no primeiro terço da fita que, ao longo da narrativa, vão se fechando, como se entrássemos no inconsciente de Waite. O fotografia ficou ao encargo do então estreante (na direção de fotografia) James M. Muro, que depois viria a fazer Crash: No Limite. E o trabalho da dupla Costner/Muro ganha outros contornos quando o tiroteiro efetivamente começa. Nesse momento, vemos outra coisa muito rara em Westerns: a ausência completa de floreios. Ninguém é o “gatilho mais rápido do Oeste”, não há duelos no estilo clássico, não há beleza plástica alguma, pelo menos não em seu sentido tradicional. Trata-se de uma luta crua, feia mesmo, em que os tiros são mais aleatórios do que qualquer outra coisa e as mortes não são enfeitadas ou exageradas.

O resultado final é que “Pacto de Justiça” é um grande exemplar do gênero western que, infelizmente, apesar de ter sido elogiado pela crítica da época e um razoável sucesso de bilheteria, é normalmente uma obra esquecida nas prateleiras empoeiradas dos cinéfilos. Mas vale a pena (re) descobrir esse trabalho de Kevin Costner na direção voltando ao gênero que o consagrou.

PACTO DE JUSTIÇA TRAILER

 


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