Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Correio Braziliense quarta, 27 de fevereiro de 2019

OSCAR 2019 - IGUALDADE PREMIADA

 


A igualdade premiada na festa das estatuetas
 
 
Junto com a vitória do melhor filme, Green book, rentáveis filmes de Hollywood, como Pantera Negra e Bohemian Rhapsody, sustentam a projeção dos marginalizados, ainda destacados em Roma, que deu Oscar a mexicano

 

Ricardo Daehn

Publicação: 25/02/2019 04:00

O elenco e a direção de Green book sobe ao palco para receber o prêmio principal da noite (Kevin Winter/AFP)  

O elenco e a direção de Green book sobe ao palco para receber o prêmio principal da noite

 

 
 
 
Ao som de Queen, houve quebra de protocolo na largada da 91ª festa do Oscar, quando o cantor Adam Lambert, ao lado do guitarrista Brian May, entoou a proposta da noite: ser diferenciada, ao som de We will rock you e We are the champions, e com um tom emotivo cristalizado na projeção da imagem de Freddie Mercury no telão. Não foi o caso do muito barulho por nada: Bohemian rhapsody, que homenageia o Queen, levou prêmios de melhor edição de som e de mixagem de som. Na vitória da melhor montagem, também pelo filme, o premiado John Ottman disse que Freddie havia conseguido reunir os profissionais do filme “como fazia com o público”.
 
Num caso muito raro, o Oscar de melhor filme caiu nas mãos de uma fita cujo diretor (Peter Farrelly) não era candidato: Green book — O guia. Feita “com amor, com carinho e com respeito”, nas palavras do produtor, Jim Burke, a produção trata do relacionamento cada vez mais integrado entre dois homens a princípio muito diversos: um artista negro (vítima de racismo) e um motorista branco de comportamento bronco. “Somos todos iguais, e sem o Viggo Mortensen (protagonista) não teríamos esse filme”, salientou Peter Farrelly, um dos produtores.
 
No palco, a cinebiografia de ótima bilheteria (cerca de US$ 860 milhões, mundo afora) Bohemian Rhapsody também rendeu Oscar para o melhor ator: Rami Malek. Com voz composta de fusões entre a sua voz e a sonoridade de terceiros, o ator levou o prêmio pela caracterização do cantor Freddie Mercury. Na cerimônia, celebrou o “monumental momento” da vitória, lembrando os problemas de identidade, de assumir a “voz” dele, e emendou com o fato de Mercury ter vivido a vida sem pedir desculpas, sendo imigrante e gay. A identificação, no palco, gerou a emoção do discurso de Malek, ao se afirmar filho de imigrantes egípcios.


Spike lee, vencedor de roteiro adaptado com Infiltrado na Klan (Kevin Winter/AFP)  

Spike lee, vencedor de roteiro adaptado com Infiltrado na Klan

 



Filme em espanhol e feito com imagens em preto e branco, Roma trouxe o segundo Oscar de melhor diretor para o mexicano Alfonso Cuarón. “Nunca me canso de subir no palco”, brincou. O longa trata do destino de uma empregada doméstica e teve por inspiração a infância do realizador. “Como artistas, nosso dever é olhar para os ignorados (...) Muchas gracias, México!”, festejou.
 
Um momento inesperado foi a vitória da melhor atriz, a britânica Olivia Colman, por A favorita. Estressada, como se disse, ela desbancou a colega Glenn Close. “Isso é hilário: ganhei o Oscar. Glenn Close, você é um ídolo há tanto tempo”, comentou. Numa linha coerente com as indicações que apontaram para a diversidade, os coadjuvantes negros venceram estatuetas: Mahershala Ali (depois de ganhar por Moonlight, há dois anos), venceu pela representação do pianista Doc Shirley, em Green book. Questões raciais também atravessam a melhor animação em longa-metragem, Homem Aranha no aranhaverso.
 
Pantera Negra, pelo figurino, levou ao reinado não apenas os habitantes de Wakanda, mas a experiente figurinista negra Ruth E. Carter, pela primeira vez premiada. Pelo mesmoo filme, Hannah Beachler fez um discurso potente e emocionado contando o porquê de “ser mais forte”, depois da experiência de vencer o Oscar de melhor direção de arte. Mulheres mostraram a força, vencendo ainda (em duplas criativas) à frente do melhor curta de animação (Bao) e melhor curta documental (Absorvendo um tabu).
 
Mais de 20 anos depois da última concorrência em Oscar competitivo, o corroteirista (e diretor) de Infiltrado na Klan, Spike Lee, venceu o Oscar de roteiro adaptado. No palco, ao exaltar os ancestrais, Lee fez questão de sublinhar que “no curto mês de fevereiro, os norte-americanos comemoram o mês da consciência negra”. E completou: “Estamos num momento poderoso, próximo de novas eleições (nos EUA): temos de optar entre o amor e o ódio. Vamos fazer a coisa certa”.
 
 
 
Premiados
 
Filme
• Green Book - O guia
 
Ator
• Rami Malek (Bohemian Rhapsody)
 
Atriz
• Olivia Colman (A favorita)
 
Diretor
• Alfonso Cuarón (Roma)
 
Atriz coadjuvante
• Regina King (Se a rua Beale falasse)
 
Trilha sonora original
• Pantera Negra
 
Ator coadjuvante
• Mahershala Ali (Green Book - O guia)
 
Roteiro adaptado
• Infiltrado na Klan
 
Roteiro original
• Green Book - O guia
 
Edição
• Bohemian Rhapsody
 
Fotografia
• Roma
 
Filme de língua estrangeira
• Roma
 
Melhor animação
• Homem-Aranha no Aranhaverso
 
Figurino
• Pantera Negra
 
Curta-metragem
• Skin
 
Edição de som
• Bohemian Rhapsody
 
Mixagem de som
• Bohemian Rhapsody
 
Curta de animação
• Bao
 
Direção de arte
• Pantera Negra
 
Canção original
• Shallow (Nasce uma estrela)
 
Efeitos visuais
• O primeiro homem
 
Maquiagem e penteado
• Vice
 
Documentário
• Free Solo
 
Documentário curta-metragem
• Period. End Of Sentence
 

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