Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

O Globo quinta, 17 de janeiro de 2019

OSCAR 2019 - FILMES ESTRANGEIROS

 

Oscar 2019: Categoria de filmes estrangeiros é a mais forte em anos

Pela primeira vez, um longa não falado em inglês pode levar a principal estatueta
 
 
“Cafarnaum” (Líbano). Prêmio do Júri em Cannes, o drama dirigido por Nadine Labaki está em cartaz. Fala sobre um menino que tenta sobreviver nas ruas de Beirute após fugir dos pais abusivos Foto: Divulgação
“Cafarnaum” (Líbano). Prêmio do Júri em Cannes, o drama dirigido por Nadine Labaki está em cartaz. Fala sobre um menino
que tenta sobreviver nas ruas de Beirute após fugir dos pais abusivos Foto: Divulgação
 
 
 

RIO - Algo inédito pode ocorrer no dia do Oscar, 24 de fevereiro: a entrega do troféu de melhor filme a um longa em língua estrangeira — “O artista”, vencedor de 2012, era francês, mas mudo. A maioria dos especialistas em premiações de cinema prevê a vitória do mexicano “Roma” na categoria principal.

 

Mas o favoritismo do épico preto e branco de Alfonso Cuarón é só um exemplo de como o grupo de obras não faladas em inglês é um dos mais fortes em anos. Os cinco finalistas serão anunciados só na próxima terça-feira, mas a lista dos nove pré-indicados, divulgada em dezembro, já mostra como o cinema produzido fora de Hollywood impressionou em 2018.

— Acompanho o Oscar há anos e nunca fiquei tão envolvido com a categoria de filme estrangeiro como agora. A lista é estelar — avalia Erik Anderson, fundador do Awards Watch, um dos principais sites dos EUA especializados em premiações de cinema. — A seleção prova ainda que Cannes é o festival mais importante para alavancar filmes estrangeiros.

Ele se refere ao fato de que seis dos nove pré-indicados estrearam na mostra francesa, em maio, incluindo o vencedor da Palma de Ouro, o japonês “Assunto de família”, de Hirokazu Kore-eda; e do Prêmio do Júri, o libanês “Cafarnaum”, de Nadine Labaki ( que estreia nesta quinta-feira no Brasil ).

Na época, a presidente do júri, a atriz Cate Blanchett, disse que a seleção dava “voz aos chamados ‘invisíveis’, destituídos, desalojados e desiludidos”. E premiou ainda “Ayka”, do Cazaquistão (melhor atriz para Samal Yeslyamova), e “Guerra Fria”, da Polônia (melhor diretor para Pawel Pawlikowski). O sul-coreano “Em chamas”, de Lee Chang-dong, saiu com o prêmio dos críticos (Fipresci), enquanto o colombiano “Pássaros de verão”, de Cristina Gallego e Ciro Guerra, abriu a Quinzena dos Realizadores.

 

De Veneza veio o alemão “Never look away”, de Florian Henckel von Donnersmarck, além de “Roma”, o vencedor do Leão de Ouro. Completa a lista o dinamarquês “Culpa”, melhor filme pelo júri popular em Sundance.

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— É um ano raro em que dois filmes, “Roma” e “Guerra Fria”, estão sendo considerados em outras categorias. A explicação está, em parte, na sua distribuição pela Netflix e Amazon, respectivamente — afirma Daniel Montgomery, editor do “Gold Derby”, o mais respeitado site americano de apostas do Oscar. — Essas plataformas, além de promoverem seus longas, abriram um mercado para filmes antes relegados a cinemas de arte.

O que a maior parte dos filmes tem em comum é o fato de agradarem tanto público quanto críticos. Ao contrário de edições anteriores, não houve controvérsia quando a Academia pinçou os nove títulos dos 87 elegíveis. Ano passado, por exemplo, a ausência do francês “120 batimentos por minuto”, tido como um dos favoritos, deixou muitos críticos boquiabertos.

— Além disso, os filmes que os países escolheram para representá-los no Oscar de fato tiveram destaque. Esse primeiro filtro na corrida pelo troféu também costuma provocar polêmica. Não foi o caso dessa vez — diz o jornalista e colunista do GLOBO Artur Xexéo.

 

Nancy Tartaglione, editora do site especializado “Deadline”, reforça a tese. Para ela, o mais surpreendente na lista de pré-indicados é justamente o quão pouco surpreendente ela é. “Em contraste com edições passadas, a categoria está sendo composta por filmes que os analistas já esperavam”, escreveu ela.

Antes mesmo da divulgação da chamada “shortlist”, Diane Weyermann, presidente do comitê encarregado de selecionar os indicados a melhor filme estrangeiro, já havia sinalizado como a tarefa estava particularmente difícil nesta edição, que ela chamou de “excepcionalmente forte”.

— É preciso ficar atento aos filmes que estão ganhando atenção do mundo ao longo do ano. A Academia claramente fez o dever de casa — diz Ilda Santiago, diretora do Festival do Rio, que em novembro trouxe sete dos nove pré-indicados. — Esses longas relevam histórias humanistas que evocam as diferentes realidades dos países.

Para o crítico Guy Lodge, da revista “Variety”, a shortlist atual reflete “uma Academia em transição, com um contingente de cinéfilos mais novos e aventureiros tomando o poder”. Nos últimos anos, a instituição convidou membros mais diversos para compor o quadro de votantes.

— Muitos dos novos integrantes são internacionais, o que certamente vai casuar impacto significativo no resultado. Essas pessoas costumam sentar e de fato assistir aos concorrentes antes de votar — conclui Erik Anderson.


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