Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Carlos Eduardo Santos - Crònicas Cheias de Graça quarta, 05 de outubro de 2022

OS OLHOS NA CULTURA POPULAR (CRÔNICA CE CARLOS EDUARDO SANTOS, COLUNISTA DO ALMANAQUE RAIMUNDO FLORIANO)

 

OS OLHOS NA CULTURA POPULAR

Carlos Eduardo Santos 

 

Gosto de pessoas inteligentes pois aguçam meu olhar para o mundo e a vida. Os etnógrafos, como Mário Souto Maior me estimularam a abordar assuntos interessantes, sobretudo o significado das palavras e como elas podem ser utilizadas.

Definições dos olhos através do meu “olhômetro”: Órgão masculino externo da visão. (Tá  no Aurélio. Não fala que a mulher tem esse “órgão masculino”).

Significado de Olho: Substantivo masculino.

O homem tem dois olhos. (Não diz quantos a mulher tem…)

Percepção: nordestinamente serve para espiar. (espia mermo!… Tais vendo?…).

Tipos de olhos através dos apelidos: “Olho grande”, “Olho de garopa”…)

No sentido figurado: “Estou de olho em você!” (Não diz quem é você; grande covardia!…).

Indecência: Olho nú. (Nunca vi olho vestido…).

Máquina calculadora: “Calcular pela vista”: sem pesar nem medir…

Sinal de trânsito, em alerta amarelo: “Abra os olhos!”

Nas empresas de vigilância: “Olho técnico”.

Vigiar atentamente. “Ser bom de olho”.

Ser perspicaz: “Descobrir no primeiro golpe de olhar”.

Ter olhos de gato: “Ver no escuro”.

Ter olho de águia: “Enxergar longe”.

Ver com bons olhos: “Ver com simpatia e afeição”.

Ver com maus olhos: “Ver com desconfiança”.

Ver com os olhos do coração: “Desculpar os defeitos”.

Custar os olhos da cara: “Coisa muito cara”.

Falar com os olhos: “Revelar pensamentos”.

Comer com os olhos: “Cobiçar”.

Não pregar olho: “Falta de pregos e de sono”.

Fingir que dorme: “Não dormir; só para enganar”.

Olho de seca-pimenta: “Olho mau”.

Agir com um olho aberto e outro fechado.: “Desconfiar”.

Provérbios:

“Em terra de cegos, quem tem um olho é rei”.

“Olho por olho, dente por dente: “Tirar o couro da pessoa”.

O olho na música:

Na voz do saudoso cantor português, Francisco José, parte dos versos de “Olhos Castanhos”, a música que “derruba” qualquer cidadã, ao ouvi-la:

Teus olhos castanhos
De encantos tamanhos
São pecados meus
São estrelas fulgentes
Brilhantes, luzentes
Caídas dos céus
Teus olhos risonhos
São mundos, são sonhos
São a minha cruz
Teus olhos castanhos
De encantos tamanhos
São raios de luz.

 


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