Os gatos estão todos metidos a besta. Hoje são amigos dos ratos. Até desconfiam de sua periculosidade e vivem a pedir testes de DNA para confirmar a existência real deles. Ratoeiras já não há e os togados da fauna felina, com a desqualificação das baratas delatoras e se aproveitando das vergonhosas ‘brechas legais’, libertam todos os ratos que roubam, que fazem o que não deve. Reveem e reinterpretam, a toda hora, a constituição animal, de forma a permitir aos ratos que eles continuem roendo e roubando, sobre todas as mesas, de ricos e de pobres. A balança está desprogramada e pende muito mais a favor dos ratos. Roedores já condenados, às vezes por até três tribunais, estão à solta, por ‘presunção de inocência’, pelo trânsito engarrafado e, por isso mesmo, por processos ainda não julgados definitivamente. Haja instâncias. Ao sair as condenações, se é que sairão restarão roedores com seus processos prescritos e eles próprios mortos, por decurso de vida. Assim como os gatos julgadores. Menos mal. Quem sabe no futuro os gatos voltem a ser gatos e cuidem dos ratos, como sempre foi na Constituição da Natureza. E que cumpram as verdadeiras funções atribuídas aos membros do Superior Tribunal Felino – STF. Com todas as vênias que o assunto possa suscitar.
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