Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Correio Braziliense quarta, 12 de agosto de 2020

OS DOIS ERROS: O DE MANDETTA E O DE NÃO TEREM CANCELADO O CARNAVAL

Confira a Capa do Jornal Correio Braziliense do dia 10/08/2020

Alexandre Garcia: os dois erros, o de Mandetta e o de não terem cancelado o carnaval

"O triste nisso, além do carnaval mantido e o mau conselho inicial do Ministério da Saúde, é a desigualdade de chances entre os que têm meios para se prevenir e se curar rapidamente e os que ficam à mercê da sorte"

 
Alexandre Garcia
 
 
postado em 12/08/2020 06:00 / atualizado em 12/08/2020 06:47


 (foto:  Minervino Junior/CB/D.A Press)
(foto: Minervino Junior/CB/D.A Press)

Segunda-feira, na Fundação Oswaldo Cruz, o ministro Pazuello disse que não é correto aconselhar a ficar em casa com sintomas, até sentir falta de ar. Lembrou que o essencial é o diagnóstico precoce e o tratamento imediato. A propósito, o maior erro de Mandetta foi ter recomendado que, ao sentir sintomas da covid, a pessoa ficasse em casa por 14 dias e só procurasse auxílio quando sentisse falta de ar. Ora, a falta de ar já indica uma fase adiantada da doença, em que os pulmões estão com líquido, e o ar inspirado não oxigena o sangue o suficiente. E houve outro grande erro anterior: o de não terem cancelado o carnaval, numa época em que era cancelado o ano-novo chinês. As aglomerações em blocos inocularam o país, principalmente a partir do Rio e de São Paulo.

O triste nisso, além do carnaval mantido e o mau conselho inicial do Ministério da Saúde, é a desigualdade de chances entre os que têm meios para se prevenir e se curar rapidamente e os que ficam à mercê da sorte. Há os que têm acesso a preventivos, como o zinco e a vitamina D, e à receita para ivermectina; havendo sintomas, têm acesso a receitas para hidroxicloroquina e azitromicina com o médico de família — e isso nem entra nas estatísticas. Mas a maciça maioria da população não tem essa proximidade com médicos nem recursos, por exemplo, para ir a uma farmácia de manipulação com pedido de zinco. A propósito, o ministro Pazuello disse que “a gente precisa compreender como parar o sangramento”.

Para diminuir essa desigualdade, há médicos em voluntariado. Em Brasília, dois grupos de 492 médicos estão se dedicando a comunidades carentes de prevenção e tratamento da covid. Há, inclusive, conta bancária recebendo contribuições para comprar os medicamentos para quem precisa. E evitam-se internações. Iniciativas assim se espalham pelo Brasil, para “parar o sangramento”. Mais de 100 mil vidas perdidas são uma voz que clama por respostas sobre o que se fez, o que não se fez e por quê.


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