Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

José Domingos Brito - Memorial quinta, 17 de novembro de 2022

OS BRASILEIROS: JOÃO KOPKE (ARTIGO DE JOSÉ DOMINGOS BRITO, COLUNISTA DO ALMANAQUE RAIMUNDO FLORIANO)

 

OS BRASILEIROS: João Kopke

José Domingos Brito

 

 

João Kopke nasceu em 27/11/1852, em Petrópolis, RJ. Advogado, educador, escritor e primeiro autor da literatura infantil brasileira, abrindo caminho para a extensa obra de Monteiro Lobato. Lecionou durante anos em São Paulo, envolvido na causa republicana e foi pioneiro na divulgação de modernas técnicas pedagógicas, com especial atenção à criança e ao ensino da leitura.

Filho de Felisbella Candida de Vasconcellos e Henrique Kopke, português de ascendência alemã. O velho Kopke, junto com seu irmão Guilherme, fundou o Collegio de Petrópolis, em 1850, que ficou conhecido como o famoso Colégio Kopke, atualmente “Escola Municipal  João  Kopke. Concluiu o curso primário no colégio do pai e o secundário no Colégio São Pedro de Alcântara, no Rio de Janeiro. Mudou-se para o Recife em 1871, para estudar na Faculdade de Direito, mas transferiu-se para São Paulo, onde concluiu o curso em 1875.

Na época, a cidade fervia com as novas ideias republicanas, quando ele conheceu Francisco Rangel Pestana e Antonio da Silva Jardim e passou a engrossar o coro dos manifestantes. Ainda cursando a faculdade, casou-se com Maria Isabel de Lima e passou dar aulas particulares e em cursos preparatórios. No mesmo ano da formatura, foi nomeado promotor público em Faxinal e logo transferido para Jundiaí e Campinas. O envolvimento com a causa republicana foi intensificado e, tendo em vista que a instrução pública era a mola propulsora do progresso social, além de seu talento como professor, ele passou a dedicar-se exclusivamente ao magistério a partir de 1878.

Lecionou Inglês, Francês, Italiano e Geografia no Colégio Rangel Pestana, e Filosofia, História, Geografia e Retórica no curso preparatório, anexo à Faculdade de Direito. Em 1880, mudou-se para Campinas e passou a lecionar no Colégio Culto à Ciência e no Colégio Florence. Imbuído do espirito republicano e positivista, fundou junto com Antonio da Silva Jardim, a Escola Primária Neutralidade,  em 1884 em São Paulo, indicando a imparcialidade que deveria guiar os passos da ciência e do saber. Era uma escola destinadas a crianças de ambo os sexos, algo novo para a época.

 

Em 1886, mudou-se para o Rio de Janeiro e fundou o Instituto Henrique Kopke, tendo como modelo o ensino ministrado na Escola Primária da Neutralidade. No mesmo ano o Instituto recebeu autorização do governo imperial para ministrar matérias no ensino primário e secundário, conquistando boa parte dos alunos filhos da elite carioca. Ainda em 1886 fundou uma associação de professores e no ano seguinte foi designado membro substituto do Conselho da Instrução Primária e Secundária do Município da Corte e seu Instituto foi consagrado como escola padrão, por decreto do presidente Prudente de Morais.

 

Permaneceu na direção do Instituto até 1897, quando se retirou da sociedade devido a divergências com os sócios. Pouco depois foi nomeado pelo presidente Campos Salles como Oficial do Registro Geral e de Hipotecas do Rio de Janeiro, mas continou dedicando-se às atividades pedagógicas até seu falecimento em 28/7/1926. Foi autor de varias obras didáticas e ficou conhecido pelo modo como tratar o aluno. Em 2014, a profª Norma Sandra de Almeida Ferreira, da Faculdade de Educação da UNICAMP, fez sua tese de livre docência

Um estudo sobreVersos para os pequeninos’ manuscrito de João Kopke e descobriu que o autor é precursor de Monteiro Lobato, a quem foi atribuída a inauguração da literatura infantil brasileira.

 

Em 2015, a profª Maria do Rosário Longo Mortatti fez uma breve biografia e balanço de suas contribuições à educação e ensino e escreveu o capitulo 3 -João Kopke (1852-1926) na história do ensino de leitura e escrita no Brasil- do livro Sujeitos da história do ensino de leitura e escrita no Brasil, publicado pela Editora da UNESP, que pode ser acessado no link https://books.scielo.org/id/3nj6y/pdf/mortatti-9788568334362-05.pdf.


Escreva seu comentário

Busca


Leitores on-line

Carregando

Arquivos


Colunistas e assuntos


Parceiros