Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Domingo – Dia de Matinê no Cinema Local domingo, 24 de março de 2024

OS BONS COMPANHEIROS (1990) – MAIS UMA OBRA-PRIMA DE MARTIN SCORSESE

 

HOJE: POLICIAL - AÇÃO

OS BONS COMPANHEIROS (1990) – MAIS UMA OBRA-PRIMA DE MARTIN SCORSESE

GENTILEZA DO COLUNISTA CÍCERO TAVARES

 

Cartaz de GoodFellas (1990)

 

Baseado no livro Wiseguy: Life In a Mafia Family, do repórter policial novaiorquino Nicholas Pileggi, lançado em 1985, ‘Os Bons Companheiros’ narra a ascensão e a queda de três gângsteres ao longo de três décadas. Robert De Niro, Ray Liotta e Joe Pesci.

A História contada em primeira pessoa pelo ítalo-irlandês Henry Hill (Ray Liotta), o filme traça uma biografia da Máfia. Ainda jovem Henry se envolve com Tommy De Vito (Joe Pesci) e James Conway (Robert De Niro) e se casa com Karen (Lorraine Bracco), jovem judia que vê toda a sua vida social se misturando com o crime. O filme tem roteiro de Nicholas Pileggi, em co-autoria com (Martin Scorsese).

Os filmes sobre a máfia se tornaram um lugar-comum dentro do cinema estadunidense. Depois de Francis Ford Coppola e sua tão bem-sucedida trilogia O Poderoso Chefão, surgiu um grupo bastante seleto de grandes filmes sobre o tema, a exemplo de Scarface, de Brian de Palma, Era Uma Vez na América, de Sergio Leone e Ajuste Final, dos irmãos Coen (esse um filme de gângster bem menos tradicional). Mas talvez o grande título do gênero, após Coppola, seja mesmo ‘Os Bons Companheiros’, lançado em 1990 sob a batuta do não menos talentoso Martin Scorsese. Há quem diga até que Scorsese superou Coppola com seu estudo tão original sobre o mundo da máfia.

Em primeiro lugar, é preciso compreender o que Os Bons Companheiros trouxe de novo ao tema. Ao contrário de filmes anteriores, incluindo a própria trilogia de Coppola, a obra-prima scorsesiana desloca o olhar sobre esses personagens tão fora da lei para o âmbito mais doméstico e pessoal possível. O cineasta conhecia o ambiente daqueles homens, já que passou toda a juventude em um bairro nova-iorquino repleto deles. Por isso, não há apenas momentos de violência explícita e de gatunices no longa-metragem. Scorsese tira seus mafiosos das ruas e dos bordéis e os coloca também em suas casas e em suas festas de família. Eles passam a se parecer mais com homens normais do que era de se esperar e isso chega mesmo a criar afeto por eles. Mas é bom pontuar que não há nenhum esforço de romantização por parte do diretor, que filma seus brutais assassinatos com uma perícia inigualável. A grande novidade é que ‘Os Bons Companheiros’ não dá respostas unidirecionais sobre seus gângsteres.

Martin Scorsese faz o que ninguém havia feito – ele traz o alto crime para o mundo dos homens comuns. Além de maravilhosamente bem filmado, seu longa-metragem tem em sua trilha sonora uma de suas fortalezas. Ela dá o tom exato do clima de subversão e de risco constante, em um universo onde o banditismo é quem dá as cartas. Tonny Bennet, Aretha Franklin, Rolling Stones, The Who, Cream e outros artistas canônicos da música norte-americana constroem uma das trilhas sonoras mais memoráveis da história do cinema. O clássico riff de Sunshine of Your Love, da banda de Eric Clapton, se tornou parte indissociável de ‘Os Bons Companheiros,’ assim como a antológica queima de arquivo pontuada com certa dose de ironia por Layla, da banda Derek & The Dominos. Todas as canções parecem feitas sob medida para o filme e se entrosam muito bem com o submundo criminoso de Jimmy Conway (Robert De Niro), Tommy DeVito (Joe Pesci) e Henry Hill (Ray Liotta). Um amálgama entre imagem e som raro de se ver.

Em sua conclusão, ‘Os Bons Companheiros’ quebra a quarta parede para envolver diretamente o espectador em suas indagações finais. O filme conquista o público exatamente por mexer em algo escondido profundamente nele – o desejo de transgressão. Jimmy Conway e sua camarilha trazem à tona a sede de insubordinação do homem comum, submetido a tantas leis, regras e obrigações sociais ao longo de toda a vida e sem receber, muitas vezes, a devida contrapartida. Não se trata, de forma alguma, de uma justificativa rasteira ao crime, que é praticado da forma mais ignóbil durante todo o longa-metragem. Mas uma coisa é certa: quando Tommy DeVito atira enfurecido contra a câmera, Martin Scorsese sabe muito bem o que deseja despertar em seu público.

 

Les Affranchis – Bande Annonce Officielle (VF) – Robert De Niro / Ray Liotta / Martin Scorsese: 

 

Os Bons Companheiros – O Melhor Filme do Martin Scorsese: 

 

14 Curiosidades + Segredos OS BONS COMPANHEIROS (GoodFellas) 1990 | Canal Replay: 


Escreva seu comentário

Busca


Leitores on-line

Carregando

Arquivos


Colunistas e assuntos


Parceiros