Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Dad Squarisi - Dicas de Português quarta, 21 de março de 2018

ÓPTICO OU ÓTICO?

 

Óptico ou ótico?

Óptico é relativo à visão (músculo óptico, fibra óptica). Ótico, relativo ou pertencente ao ouvido (músculo ótico). Para definir ponto de vista ou o estudo da luz, é preferível a forma ótica: ilusão de ótica, estudo da ótica. Olho vivo Óptico admite a variante ótico. Mas pode armar confusão com ótico, referente a ouvido. 
 

Onomatopeia enriquece a língua

Imitamos as vozes dos bichos ou o ruído das coisas. Com elas, formamos novas palavras. São as onomatopeias. As danadinhas aumentam o vocabulário e, com isso, enriquecem a língua. Miau-miau, mia o gato. Au-au, late o cão. Muuuuu-muuuuuu, muge a vaca. Cocoricó, canta o galo. Cri-cri-cri, cricrila o grilo. Zum-zum-zum, zune a mosca. Tique-taque, bate o relógio. Pingue-pongue, salta a bola. 
 

Onde ou em que? Depende

Onde indica lugar físico: a cidade onde moro, o lugar onde nasci, a gaveta onde guardei, as palmeiras onde canta o sabiá. Em que indica lugar não físico: Na palestra em que falou sobre a crise americana, o presidente recebeu entusiasmados aplausos.    
 

Obrigar & cia.: regência

Atenção à regência do verbo obrigar. Obriga-se alguém a fazer alguma coisa: Obrigou o filho a estudar. O professor obriga os alunos a se manterem calados. Eu o obriguei a fazer horas extras. Outros verbos exigem a preposição a antes do infinitivo. É o caso de começar, convidar, ensinar e forçar: Começou a escrever a peça em 1989. Convidamos os amigos a participar da festa.
 

Artigo indefinido? Xô! Xô! Xô!

A escrita agradável tem muitos segredos. Um deles: fugir do artigo indefinido. Um, uma, uns, umas fazem estragos. Tornam o substantivo impreciso e molengão. Mais ou menos como Sansão sem cabelo. Quer ver? Paulistanos foram surpreendidos por (um) temporal  que alagou a cidade. Deus é (um) poder supremo. (Um) outro bate-boca ocorreu ontem entre o marido e a mulher. 
 

 

 

Pleonasmos: quando têm vez?

A palavra pleonasmo vem do grego. Na língua de Platão e Aristóteles, quer dizer superabundância. Em bom português: repetição de uma ideia com palavras diferentes. Há pleonasmos e pleonasmos. Alguns não dão nenhuma expressividade à frase. Aí, deixam de ser figuras de linguagem e passam a ser vício. É o caso de comer com a boca, subir pra cima, descer pra baixo, entrar pra dentro.
 

Era por volta das 10h30? Eram por volta das 10h30?

Ops! Saiu na primeira página do jornal: “A tragédia parou São Sebastião. Era por volta das 10h30 quando o motorista de um caminhão de bebidas perdeu a direção na íngreme descida da pista principal da cidade”. Observou o cochilo? Na indicação de horas, o verbo concorda com o número: Era 1h. Eram 13h. É 1h. São 4h. É meio-dia. São 12h. 
 

Sir Richard Burton ensinou

“Há quatro espécies de homens. O que não sabe e não sabe que não sabe. É tolo — evita-o. O que não sabe e sabe que não sabe. É simples — ensina-o. O que sabe e não sabe que sabe. Ele dorme — acorda-o. O que sabe e sabe que sabe. É sábio — segue-o.”  
 

Pôr, depor & cia.: conjugação

Depor é filho de pôr e irmãozinho dos verbos terminados em -or. Compor, repor, transpor & cia. fazem parte da família pra lá de unida. Toda a filharada se conjuga tal qual o paizão. Assim: ponho (deponho, componho, reponho, transponho), põe (depõe, compõe, repõe, transpõe), pomos (depomos, compomos, repomos, transpomos), põem (depõem, compõem, repõem, transpõem). Moleza? Sim. 
 

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