Lá onde Judas perdeu as botas e o vento costuma fazer a curva, pedi ao senhor dos ares, com a maior das humildades, que, antes de fazer a volta, viesse acariciar minha alma e afagar meu coração. Estava precisado. E o vento atendeu ao meu pedido, sorrindo com jeito de conivência. Também sorri satisfeito por saber que há razões ainda para cantar e fazer versos. E os farei. E cantarei. Enquanto razões houver estarei atento para saudar o dia, o céu, o sol, a noite e as estrelas. Quanto à lua, esta eu sempre reverenciei e assim vou continuar fazendo, retribuindo tudo o que dela recebo. E não é pouco.