Publicação: 01/08/2021 04:00
Com o tempo de 21s57, brasileiro se tornou o terceiro nadador mais rápido do mundo |
A vida de Bruno Fratus nunca mais foi a mesma depois do sexto lugar nos 50m livre nos Jogos do Rio de Janeiro, em 2016. A decepção por ficar fora do pódio em casa, quando era líder mundial do ranking, deu início a um quadro de depressão. Foi quando buscou ajuda profissional e contou com o apoio irrestrito da esposa Michelle Lenhardt. E o processo valeu a pena: na noite de ontem , o nadador, enfim, conseguiu a consagração olímpica com a conquista da medalha de bronze em Tóquio. Mas, mais importante que isso, voltou a sorrir.
Aos 32 anos, o atleta se consagrou como o terceiro nadador mais rápido do mundo. Ontem, ele estava leve e muito menos pressionado do que quando competiu em casa. O nadador percorreu os 50m da piscina do Tokyo Aquatics Centre em 21s57. O ouro ficou com o estadunidense Caeleb Dressel (21s07). Ele bateu o recorde de 21s30 que era de Cesar Cielo desde Pequim-2008. A prata foi do francês Florent Manadou (21s55, campeão no Rio.
O abatimento psicológico culminou em tempos ruins nas competições pós Rio-2016 e na vida pessoal. Mas Fratus não estava sozinho. Com ajuda profissional e o apoio da família, em especial da esposa, as coisas começaram a melhorar. Na premiação, antes de receber a medalha, presenteou Michelle com o buquê entregue no pódio e deu um longo beijo na amada.
"Estava entalado desde 2011, meu primeiro mundial, depois 2012. Aquela Olimpíada do quase. Depois do Rio, principalmente. Foi um grito de finalmente. Finalmente medalhista olímpico. Realizei meu sonho de 11 anos. Não teria sido sem o suporte, amor e amizade de torcida de todo mundo está até agora do meu lado, que não abriu. Essa é para vocês", vibrou.