Um novo estudo divulgado nesta segunda, no The New England Journal of Medicine, apresentou um novo remédio para ajudar no tratamento da obesidade, responsável por reduzir em o 24% do peso (26,2 kg no teste) dos participantes da pesquisa. A retatrutide, hormônio investigada pelo estudo, é considerada duplo agonista, porque atua não apenas com o GLP-1, como também o GIP - outra substância com atuação semelhante.
Ainda em fase de análise, o artigo apontou para os resultados promissores que apontam para a alta eficácia da retatrutide no tratamento de pessoas obesas. Ela atua enviando ao cérebro sinais de saciedade, diminuindo a ingestão de alimentos durante o dia.
"A obesidade é uma doença crônica tratável com uma biologia subjacente complexa. Estamos agora em meio a um cenário terapêutico em rápida expansão de opções de tratamento altamente eficazes em potencial para indivíduos com obesidade", explicou Ania Jastreboff, professora na Escola de Medicina de Yale e diretora do Centro de Pesquisa de Obesidade da universidade.
A diferença entre os medicamentos conhecidos
A semaglutida, do Ozempic, é um medicamento da classe chamada análogos de GLP-1, que simulam o hormônio GLP-1 no corpo humano. A substância é produzida normalmente ao se comer no intestino, e existem receptores em diversas partes do corpo, como no cérebro, onde o hormônio ativa a sensação de saciedade. Sua eficácia na perca de peso é de 14.9% no período de um ano.
Já a tirzepatida, que possui o nome comercial de Mojauro, também é duplo agonista, como a retatrutide, mas garante uma redução de apenas 16% do peso durante seu uso.