Lugar preferido para escutar o vento e olhar a claridade da noite
Gosto de ouvir o vento – ele tem o inconfundível som da quietude, e nos conforta, quando nos encontra em Paz.
Gosto tanto de ouvir o vento – ainda que ele faça o barulho catastrófico da destruição, mostrando o seu poder de fogo (ops! – de força) – que me ponho a respeita-lo, para melhor perceber suas graves notas musicais.
O fá, o ré, o mi e até o sol, na construção da partitura do vento – que nos embevece e chega e sai, tão suavemente, que nos transporta em voos sem asas de um êxtase para outro.
O som do vento é belo. Tem cores tão fortes quanto o arco-íris que a Natureza Divina nos mostra no seu mural celeste.
Ouço o vento, tanto quanto vejo o mar composto por águas invisíveis, que evaporam até com o mais tênue açoite – do vento!
Dia desses fui ao campo, e chegando lá, sentei no chão. Sentei, fechei os olhos e comecei a ouvir a Orquestra Sinfônica da Ventania Celestial, nota por nota, acorde por acorde, passagem por passagem que transformaram o momento numa verdadeira ópera – Divina, no Teatro Espetacular da Vida.
E veja, escutei a bela ópera, gra-tu-i-ta-men-te!
Pagando apenas com as moedas do meu tempo e da minha Paz.
Eu escuto o vento, em todos os seus mais de 50 tons!
Tem posição “top” – para usar o americanismo da linguagem brasileira – no meu “ranking” de preferências, a noite. A noite é o único momento das 24 horas que me permite ver a nitidez das estrelas. É na noite que vejo a beleza que não consegui ver durante o dia – porque a beleza noturna é invisível durante a claridade do dia.
É só durante a noite, que a claridade do dia vai embora, se preparando para voltar no amanhecer seguinte.
Sem descanso. Continuadamente!
Certa noite contemplei o céu. O céu da noite – e achei que, de noite, podia olhar melhor para Deus – tem um “que” de nobreza poética; permite o aconchego ao vento ou debaixo de lençóis.
A noite é abusivamente permissível, ainda que redundante.
Boa noite!