Quando “começou” o mundo, se é que algum dia ele teve começo?
E os milhares de problemas e dificuldades que existem nesse mundo, será que são coisas antigas ou tão recentes quanto muitos dos seus habitantes?
Quem tem o hábito e o gosto pela leitura, e alguma vez frequentou a escola, provavelmente já leu em algum lugar, que foi o alemão Johann Gutenberg (e, aqui, no nome dele, não se pode usar a regra “brasileira” que diz que, antes de “p” ou “b”, só se usa “m”) o inventor da “imprensa”, no ano de 1430. E aqui, quando se falou pela primeira vez em “imprensa”, só se pensava em impressos em papel ou outro objeto. Nunca se pensava no tal “on line”, conforme é o internacionalmente renomado Jornal da Besta Fubana, o maior antro de escrotidão deste planetinha Terra.
E, já que estamos falando em “impresso”, o que nos encaminha para livros e/ou jornais, com certeza muitos que frequentam aqui já leram o livro “ANIMAL FARM” (A revolução dos bichos), escrito pelo inglês George Orwell (cujo nome real era Eric Arthur Blair), nascido em Motihari, na Índia Britânica no dia 25 de junho de 1903.
Pois, ali onde muitos conheceram outro Napoleão Bonaparte, foi também onde muitos tiveram a oportunidade de saber que, muito pouco se faz só. A união é a principal arma e escudo do que se pretende alcançar em benefício de uma coletividade. Nesses casos, o individualismo é repugnante e, em alguns casos, algo quixotesco.
Precisamos ter, sempre, os Bola-de-Neve, Velho Major, e quem mais queira se “unir” pela soma de uma boa culminância.
Vejam a “comédia” brasileira: quem se mete a roubar só, acaba se ferrando. Muitos têm se dado bem, porque aderiram à formação das quadrilhas. E tem sido assim, desde os tempos dos santos do pau ôco. Não foi uma única pessoa que, dizem, roubou a Petrobras. Dessa vez a “união” funcionou, formou-se uma quadrilha e o rombo foi feito.
Provavelmente no mesmo período que Napoleão Bonaparte, reuniu com Bola-de-Neve e outros animais, não tão longe dali – na realidade, foi na desestruturada fazenda “Deus-dará” que, em contraponto às preocupações dos organizados comunas, o sapo conhecido pelo apelido de “Não-sai-nada-pelo-cu”, viveu uma noite de orgia e sexo com o amante gay Louva-Deus conhecido como “Eu-me-realizo-na-Paulista”.
O par (porque jamais formariam um casal) viveu uma noite inteira de rala-rala e chegou a vários orgasmos. Começaram com as cócegas, e depois partiram para o “não-me-deixes-gozar-só”. E o sapo “Não-sai-nada-pelo-cu” quase explode de tanto gozo.
Quando o dia amanheceu, com o galo cantando na fazenda grande, eles: “Não-sai-nada-pelo-cu” e “Eu-me-realizo-na-Paulista” concluíram que, ao modo deles, fizeram também uma revoluçãozinha. Arre égua!
Se você der uma vasculhada na caixa dos miolos, com certeza vai concluir que o mundo não evoluiu tanto – pelo menos tanto o quanto dizem e apregoam os modernos.
Que diabos de evolução é essa, que nos mostra doentes mentais de outros países destruindo estátuas antigas que, sem vida e sem incomodar ninguém, apenas pretendem “contar e afirmar a história” sem um mínimo de estória?
Não tão distante está o dia em que a Internet mostrou uma fanática religiosa despedaçando uma imagem de uma santa que, nada fazia contra ela, nem a obrigava a ter algum tipo de fé e adoração. Vá entender gente com esse conceito de vida e de fé!
Mas, deixando de lado o fanatismo religioso e as incongruências defendidas por alguns, relembremos momentos hilários que provavelmente cada um de nós já viveu antes de dobrar a esquina que ficou para trás.
Você lembra do tempo em que mijava na rede – e sua mãe, preocupada com o odor do dia seguinte, e como o piso era de cimento ou de tijolos (diferentes da cerâmica de hoje), colocava uma “bacia de lavar roupas” debaixo da rede?
E, daquele véu que ela também colocava sobre a rede de dormir, aberta com um cabo de vassoura para evitar as muriçocas?
E, quantas vezes aconteceu de você ir dançar frevo no Marco Zero, em Recife, calçado com aqueles tamancos de madeira, e eles quebravam?
Hoje tu vais calçado com tênis Nike ou Adidas. Até as velhas sapatilhas que mais pareciam tênis Kichute já desapareceram.
Eu, quando morava em Queimadas, vivia desconfiado e ao mesmo tempo alegre, achando que beberia licor de abacaxi ou aluar de milho, quando via a cerca da casa da minha tia com dezenas de fraldas postas à secar. Achava que alguém tinha “parido” um menino ou uma menina, para que tantas fraldas fossem estendidas – branquinhas à caráter, e conservadas no anil.
Mas, como os tempos não eram modernos naqueles anos 50, era apenas uma das minhas primas que “entrara naqueles famosos três dias” de intensa menstruação.
A menina-moça-mulher que tivesse recursos, comprava na farmácia os absorventes em calcinhas descartáveis e ficava livre de “anunciar para o mundo” que estava naqueles dias. O modernismo atual já dispõe de dispositivos que permitem até o nudismo ou o strip-teaser durante a menstruação.
O que não desapareceu realmente, foi a profecia feita por Karl Marx, quando publicou em 1867 a primeira edição do livro “O Capital”. O mundo atual (inclusive nos conventos das Irmãs Carmelitas) é dominado pelo capitalismo. Quem não tem nada de valor, não vale nada.
Lembro bem, como se tudo estivesse acontecendo hoje e agora. O nome dela era Marina da Jurema, que fizera fama vivendo e alegrando a vida dos rapazes iniciantes na vida sexual. Botou muitos jovens no bom caminho da prática sexual.
Fazia tudo direitinho, bem feito, com preliminares prolongadas e satisfação garantida. Cobrava o equivalente ao hoje R$10,00 por uma sessão (no caso, para ela, uma “cessão”). Marina vivia batendo recordes no local chamado Volta da Jurema, na Fortaleza, capital cearense, lá pelos anos 60.
Braba que só, mas muito carinhosa no exercício da “profissão” e no retribuir do dinheiro investido. Valia à pena, sim senhor. Era trabalho para nenhum Velho Marinheiro botar defeito ou sair reclamando. Dava “tabefe” na cara de quem, pretensiosamente – para aqueles tempos – falasse ou quisesse fazer algo além do tradicional permitido (papai-mamãe).
Eis que a rapaziada começou a precisar recorrer à farmácia para comprar BENZETACYL, uma injeção anti-inflamatória que, aplicada à moda antiga (com aparelho e agulha sendo fervidos na água quente para desinfetar), doía mais que qualquer coisa. Muitos contraíram gonorreia, que em outros lugares é também conhecida por esquentamento.
Isso foi o suficiente para que Marina da Jurema pegasse as trouxas e se mandasse para uma praia, no município de Beberibe. Viciada, tarada por sexo – mas só aceitava o famoso papai-mamãe – Marina, de tanto subir, entortou quase 200 coqueiros que enfeitavam a praia daquele lugar.
E, ainda hoje, no Ceará, quem sobe em coqueiro – é para tirar coco.
Mas em todo lugar tem alguns (já são muitos hoje) que preferem mesmo o sorvete ou o din-din de coco. Nada contra. Cada um tira o coco da forma que quiser.