Essa foi uma Campanha encabeçada pelo poeta João Alderney, e teve a participação de outros poetas tabirenses, com a finalidade de se comprar um relógio novo para Igreja Matriz de Tabira. A inauguração do novo relógio será no dia 07.08.09, às 21h, quando haverá grande festa. Outras poesias foram publicadas ontem e completaremos as publicações amanhã, aqui nesta Colcha de Retalhos.
NOSSO BIG BEN
Cidade das tradições
Como tanta gente diz,
Está órfã de uma delas:
O relógio da Matriz!
Vamos trazê-lo de volta
Cada um convida alguém
Se todos colaborarmos
Daqui a pouco se tem
Condições para trazer
Nosso amado “BIG BEN”
Inês Gomes – 25.08.08
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O RELÓGIO DA MATRIZ DO MEU TEMPO DE CRIANÇA.
A cidade adormecia
E acordava também,
Ao som do blém, blém, blém…
Que tocava todo dia
De manhã, na alegria…
À tarde, com esperança…
À noite, só confiança,
Em outro dia feliz…
O Relógio da Matriz
Do meu tempo de criança.
Os seus ponteiros marcavam
As horas das nossas vidas
Todas emoções vividas
Seus minutos registravam…
Os que foram ou ficaram
Ele guarda na lembrança…
Pois ajudem sem tardança
Comprar outro, como eu fiz!
O Relógio da Matriz
Do meu tempo de criança.
Bartolomeu Bueno, 18.09.08
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TRISTE CAMPANÁRIO
Eu queria ter de volta meu passado,
Um dia só, talvez como brincadeira;
E somente pra andar com mais cuidado,
No caminho descuidado d’Aroeira.
Eu também queria ouvir mais descansado
Passarinhos a cantar lá na ribeira,
Onde era meu destino já marcado
Pelas pedras das estradas de poeira.
Na cidade meu pensar se acordava,
Toda vez que o relógio badalava
Lá na torre da igreja, solitário;
Se fui longe, ao voltar não ouvi mais
As pancadas, que o tempo não desfaz,
No silêncio de um triste campanário.
Heleno Ramalho, 30.09.2008
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O RELÓGIO DA MATRIZ
A hora de ir pra casa
do meu escritório eu via
olhava lá pra Matriz
com devoção me benzia
quando o relógio marcava
hora da Ave-Maria
Hoje ele parou no tempo
como um velho adoentado
esperando por ajuda
pra ver de volta o passado
e a Matriz de Tabira
não quer mais vê-lo quebrado
Hoje Tabira não quer
ver seu relógio abandonado
o tabirense de fé
não quer mais vê-lo parado
quer a igreja belíssima
e seu patrimônio ativado
Maria Ferreira, 03.10.2008
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HOMENAGEM AO RELÓGIO DA IGREJA
Ao voltares com toda majestade
A badalar ao povo de Tabira,
Mostras horas, minutos e segundos
Como se ouvíssemos o som de uma lira
Parabéns, envio comovida
Aos teus filhos pela iniciativa
De restaurar o costume tão antigo
Que sempre traz alegria à nossa vida
Velho novo relógio, sê bem vindo
Tua missão é sempre salutar
Acordas as crianças para a escola
E os trabalhadores para trabalhar!
Continua tua missão que nos alegra
Nos momentos felizes que vivemos
E quando vêm momentos de tristezas
Deus nos conforta na hora que sofremos
Encerrando esta simples homenagem
Envio a Tabira a minha afeição
E ao tabirense, de todo coração
Peço a Deus amparo e proteção
Salve Tabira, a ti dedico a lira
Que o bom Deus agora inspirou
Desejo pra teus filhos nesta hora
Muita saúde, muita paz e muito amor!
Neusa Vidal, Recife 11.10.2008
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AO RELÓGIO DA MATRIZ
Sou filha tua, Tabira,
Sou filha desse Sertão,
Dessa cidade querida
Que vive em meu coração!
No dia 15 de março
O relógio anunciava
Com as suas badaladas
O momento que eu chegava.
Lá no alto da Igreja
Fizeste a tua morada
Que com o passar dos tempos
Precisa ser restaurada.
Minha família querida
Reconhece o teu valor.
Os que aqui ainda estão
E os que estão no Senhor.
É para ti, relógio amado,
Que dedico estes meus versos,
Agradecida e contente
Pelo tempo que marcaste
As horas pra tua gente.
Badala, sino, badala,
Toca aos céus do meu país
Pelo reconhecimento
Do tabirense que diz:
Somos um povo feliz!
Íris Vidal – Recife, 15.10.08