A tropa do general Stédile acusa Temer de ter cometido os mesmos pecados que transformaram o chefão no primeiro presidente condenado por corrupção
Para justificar a invasão de fazendas do ministro Blairo Maggi, de Ricardo Teixeira, ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol, do senador Ciro Nogueira (PP-PI) e de um amigo do presidente Michel Temer, entre tantas outras, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra divulgou uma nota oficial que ergueu um monumento ao cinismo com apenas duas frases. Primeira: “Os latifundiários que possuem estas terras são acusados, no cumprimento de função pública, de atos de corrupção, como lavagem de dinheiro, favorecimento ilícito, estelionato e outros”.
Faltou explicar o que espera o exército de João Pedro Stédile para invadir pelo menos o sítio de Lula em Atibaia e a fazenda de Delubio Soares em Goiás. A segunda frase tortura a língua portuguesa para avisar que “o MST também se posiciona pelo afastamento imediato de Michel Temer da presidência, primeiro presidente na história acusado formalmente de corrupção pela Procuradoria-Geral da República”. Se é assim, os estupradores do direito de propriedade têm de aplaudir a sentença de Sergio Moro sobre o caso do triplex no Guarujá.
Dono de uma imobiliária especializada na ocultação de escrituras, Lula tornou-se o primeiro presidente do Brasil condenado por corrupção e lavagem de dinheiro. Por que o general da roça é tão ousado quando lida com Temer quanto pusilânime se é Lula o protagonista das delinquências. Coragem, comandante Stédile. Coragem, general Stédile. É preciso mostrar que todos são iguais também perante a lei da selva imposta por milícias fora-da-lei.
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