Felipe Moura Brasil
Foi um dia como outro qualquer no Brasil.
Pela manhã, a Lava-Jato prendeu temporariamente o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman, e o seu braço-direito Leonardo Gryner, diretor-geral de operações da Rio-2016, por suposta compra de voto para que a cidade do Rio de Janeiro sediasse os Jogos do ano passado.
O voto favorável do senegalês Lamine Diack, à época presidente da Federação Internacional de Atletismo (IAAF), custou ao suposto bando de Nuzman uma propina de 3,5 milhões de reais, paga a Papa Massata Diack, filho do dirigente estrangeiro.
Em 16 e 29 de junho de 2016, Dilma Rousseff afirmou no Twitter:
“O meu governo viabilizou as Olimpíadas. Graças ao planejamento bem feito e ao nosso trabalho dedicado, estamos prontos.”
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“Eu gostaria de ir às Olimpíadas pq fiz todas as tratativas, preparativos e obras. Sou a mãe e o Lula o pai dos Jogos Olímpicos.”
Parabéns ao casal.
Já na hora do almoço, o Senado aprovou o projeto de lei que regulamenta o fundão eleitoral de 1,7 bilhão de reais para as campanhas políticas, aprovado na Câmara na noite de quarta-feira em votação simbólica, já que os deputados tentaram – embora, depois, tenham sido descobertos – esconder da população os próprios votos nominais.
O que o ex-técnico de vôlei Bebeto de Freitas disse sobre o caso de Nuzman vale igualmente para o do fundão:
“Essas coisas só acontecem quando as pessoas não se revoltam. A gente não tem indignação. Enquanto no Brasil esse sentimento não aflorar, a gente vai viver no país de merda em que a gente vive.”
Todos os votos do PT (52) e do PCdoB (12), sua eterna linha auxiliar, foram favoráveis à enésima extorsão estatal aos brasileiros pagadores de impostos.
Os senadores petistas Lindbergh Farias e Gleisi Hoffmann passaram a semana discursando em defesa do “Estado Democrático de Direito”, contra a decisão da Primeira Turma do STF pelo afastamento de Aécio Neves de seu mandato parlamentar e pelo recolhimento noturno do suposto rival do suposto partido.
Como já deviam saber os 54% dos brasileiros que querem a prisão de Lula, a “democracia” petista consiste em meter a mão nos cofres públicos para ficar no poder.
Nessa modalidade, o PT é sempre medalha de ouro.
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