Dr. Ramos, médico pernambucano da Fundação SESP, radicado em Nova Cruz durante muitos anos (60/70), exercia a medicina como um sacerdócio. Ele e a esposa, Dona Gabi, que era parteira, eram abnegados benfeitores da humanidade, dedicados à saúde dos pobres, na pequena cidade de Nova-Cruz (RN).
Dr. Ramos atendia no Posto de Saúde, e também na sua residência, onde instalou um consultório particular, e ali atendia ricos e pobres, com a mesma abnegação.
A cidade era muito atrasada. Não dispunha de energia elétrica nem de água encanada.
As mulheres que batiam à porta de Dr. Ramos para se consultar, fosse qual fosse a queixa, antes de qualquer coisa, teriam que se submeter a um exame ginecológico, para coleta de lâmina, a fim de poder ser detectada qualquer inflamação uterina. Era o exame preventivo contra Câncer, numa época em que ainda não se falava nisso.
As pessoas de mente doentia faziam comentários maldosos contra o médico, por causa desse “exame preventivo”, mas nunca houve qualquer comprovação de conduta libidinosa por parte do respeitável profissional. Durante esse exame preventivo, o médico era auxiliado pela esposa, Dona Gabi.
Numa noite chuvosa, por volta das 19 horas, Dr. Ramos ouviu palmas à sua porta. Era Severino, um senhor que morava no Alto de São Sebastião, cuja esposa era cardíaca e estava passando mal.
Dr. Ramos o acompanhou, mandou abrir a farmácia e providenciou uma medicação paliativa, para tirar a paciente da crise.
Em Nova-Cruz, não havia hospital nem ambulância, para transporte de pacientes para Natal (RN) ou João Pessoa (PB), onde estavam localizadas as mais próximas unidades hospitalares, para atendimento de urgência.
Diante da gravidade do caso, Dr. Ramos recomendou ao marido da paciente que, no dia seguinte, a transportasse a Natal ou João Pessoa (PB), com urgência, pois o caso era grave. Tirou a paciente da crise, com os medicamentos disponíveis na farmácia e só voltou para sua residência à uma hora da manhã.
Antes de amanhecer o dia, Dr. Ramos ouviu, mais uma vez, palmas à sua porta. Era Severino, o marido da paciente, que viera avisar que a esposa havia falecido. Chorando muito, o homem esperou que Dr. Ramos preenchesse o Atestado de Óbito de Josefa Maria da Silva, para que o Cartório expedisse a competente Certidão de Óbito, e ele pudesse providenciar o enterro.
Compadecido diante do choro do viúvo, Dr. Ramos pronunciou estas palavras de solidariedade:
-Severino, se conforme. Aquele remédio que eu ministrei à D. Josefa é muito bom! Ela morreu, mas morreu muito melhorada…
Esse caso ocorreu nos anos 60/70.
Nos dias atuais, temos notícias de mortes por COVID-19, de pessoas já vacinadas com as duas doses e até com a dose de “reforço” da vacina, considerada milagrosa, pela mídia.
O que são 50 anos na História? Nada! A História se repete.
Uma verdade deve ser propagada: Pessoas já vacinadas contra COVID-19, com a primeira, segunda dose e a dose de reforço, continuam morrendo do mesmo mal, mas agora é diferente:
“ESTÃO MORRENDO MUITO MELHORADAS.”
Já é um alento para a humanidade!