Microempresário, numa crise econômica de arrombar a tampa do caneco, sendo pressionado pela esposa, que exigia o dinheiro para a despesa familiar; pela amante, que exigia dinheiro para manter a ostentação; e pelo empregado, que exigia o dinheiro dos três meses de salários atrasados, procurou um tatuador para tatuar uma cédula de cem dólares na pica. E o tatuador disse que não podia fazer. Que ia doer muito. Que o microempresário não ia suportar a dor e patati patata!
Mas o microempresário insistiu. Dizendo ao tatuador que precisava se livrar da mulher, que só pensava em dinheiro. Da amante, que só pensava em sugá-lo. E do trabalhador, que só pensava em acioná-lo na Justiça do Trabalho por causa dos salários atrasados.
Pressionado, o tatuador alertou:
– Olhe, vai doer muito. O senhor não vai suportar a dor. Mas, mesmo assim, ainda que mal lhe pergunte, por que o senhor quer que se tatue uma cédula de cem dólares justo no… no… no… na… na… na bimba?
Aí o microempresário, já não suportando as pressões que vinham de todos os lados: da esposa, da amante e do empregado, desabafou:
– É que eu quero fuder com minha mulher, que só pensa em gastar. Fuder com minha amante que só pensa em ostentar e fuder com meu empregado, que só pensa em me fuder na justiça para receber os salários atrasados. Sacou por que eu prefiro a dor da tatuagem uma só vez na pica do que a pressão no meu testículo todos os dias?
– Bem, se forem esses os seus motivos – disse o tatuador – o senhor está mais do que certo… Comigo aconteceu o mesmo, só que eu me abestalhei e engoliram tudo: carro, casa, apartamento, aplicação em fundos, e hoje estou na merda, tudo por causa de uma “sucuruceta”!
A “sucuruceta” que engoliu tudo do tatuador