Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Violante Pimentel - Cenas do Caminho sábado, 26 de outubro de 2019

O MELHOR REMÉDIO

 

 

O MELHOR REMÉDIO

Ambrósio, dono de uma farmácia numa cidade do interior, lamentava muito por não ter podido estudar. Achava que daria um ótimo médico. Pela experiência que adquiriu na farmácia, sabia indicar remédios e curar virose, dor de barriga e outras perturbações passageiras.

Com a maturidade, tornou-se falante e gostava de opinar sobre problemas de saúde. Como, atualmente, o problema de saúde mais sério que existe no mundo é a depressão, Ambrósio tornou-se “especialista” no assunto e já tinha opinião própria sobre a terrível enfermidade, que, se não tratada, poderá ter um final trágico.

Nas suas conversas com os amigos, ele passou a receitar “mulher para homem” e “homem para mulher”, para evitar e até curar a depressão. Era muito criticado por causa disso, embora houvessem provas de cura radical de pessoas depressivas, após encontrarem sua alma gêmea.

E era o que Ambrósio “receitava”, para as pessoas que sofriam de depressão. Entretanto, tudo dependia da sorte de cada pessoa, pois, se a união fosse desastrosa, o resultado poderia ser bem pior. Um casamento desastrado pode provocar, até, uma debilidade mental, para o resto da vida, em quem já tem tendência à depressão. Mas, a receita de Ambrósio raramente falhava. O difícil era conseguir o remédio, ou seja, um bom “lençol de orelha”, produto que não é vendido em farmácia. Tudo dependia da escolha certa e da sorte.

Em certos Países, onde o número de pessoas que vivem sozinhas é muito elevado, para combater a depressão, algumas instituições filantrópicas promovem campanhas, para aproximar pessoas solitárias, para fins matrimoniais. Os resultados são sempre surpreendentes. Porém, foi constatado que as pessoas, em sua maioria, vivem sozinhas por simples opção.

Na mesma cidade onde morava Ambrósio, Cacilda, 35 anos, tinha mania de doença. Era hipocondríaca. Absorvia todos os sintomas de qualquer doença de que ouvisse falar, e, com isso, seu sistema nervoso ficava muito abalado. Vivia à beira de uma depressão. As doenças provocadas por mosquitos, como Dengue, Zica e Chikungunya, ela teve todas. Fora isso, achava que sofria da vesícula, do apêndice, dos rins, e de tudo que há no abdômen. Levada à capital do Estado para se consultar diversas vezes, não foi constatada nenhuma enfermidade em Cacilda.

Por obra do destino, passou um vento bom na cidade e trouxe de volta para lá, um viúvo fresquinho, que há 20 anos morava no Rio de Janeiro. Reformado da Marinha, e triste por ter, recentemente, perdido a esposa, Melquíades resolveu voltar à sua terra natal, onde tinha parentes. Suas irmãs lhe apresentaram Cacilda, e alcovitaram o namoro dos dois, que terminou em casamento.

Esse foi o remédio que Cacilda precisava para se curar da hipocondria e da sua ansiedade crônica, quase depressão.


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