Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Carlos Eduardo Santos - Crònicas Cheias de Graça quarta, 18 de dezembro de 2024

O HOMEM QUE MATOU O PAPA (CRÔNICA DO COLUNISTA CARLOS EDUARDO SANTOS)

O HOMEM QUE MATOU O PAPA

Carlos Edurdo Santos

Na gestão de João Baptista Figueiredo na Presidência de República, o último mandatário da Revolução de 1964, durante reunião trimestral da Sudene, no Recife, Amílcar Dória Matos, sendo funcionário da autarquia e escritor, achou por bem presentear o ilustre visitante com um dos livros de sua autoria: “A morte do Papa”, o que ocorreu através de um dos assessores presidenciais, a fim de manter o protocolo.

Terminada a reunião do Conselho Deliberativo, mesmo em meio à barafunda de governadores do Nordeste, secretários, membros da Imprensa e curiosos, o General João Figueiredo, sensibilizado, decide agradecer pessoalmente a oferenda do livro, e como bem próprio era seu estilo procurou localizar o escritor, e em alta voz – posto que seu Ajudante de Ordens estava um pouco distante – soltou o verbo sem cerimônia, ecoando sua solicitação como uma situação de urgência:

– Procurem o homem que vai matar o Papa!…

Começou o burburinho. Verdadeiro frenesi. O Serviço de Segurança do “homem” ficou sem saber como iniciar uma ação, porque o caso era inusitado. Somente depois de alguns minutos é que Amílcar se apresentou e recebeu afetivo abraço do Presidente, que em tom de gracejo lhe disse que o autor correu o risco de detenção, porque ele havia lido o título rapidamente, e em se esquecendo, achou que o Papa estava jurado de morte.

Ao final, tudo se completou com boas risadas e um abraço. A Imprensa noticiou o fato. O livro teve sua venda ampliada diante da ocorrência, tanto que Amílcar recebeu do Editor a sugestão para trocar o título rebatizando o livro para “O homem que vai matar o Papa”. Mas se manteve o original.

Amílcar Dória Matos, foi um dos fundadores do Grêmio Cultural Joaquim Nabuco, fez curso de Direito nos Estados Unidos, foi alto funcionário da Sudene e do City Bank, e escritor laureado, tornando-se conhecido nacionalmente pelos muitos prêmios que conquistou com seus livros. Infelizmente nos deixou há alguns anos, no auge de sua produção literária.


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