Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Raimundo Floriano - Perfis e Crônicas quarta, 01 de dezembro de 2021

O ESCRITOR FANTASMA

O ESCRITOR FANTASMA

Raimundo Floriano

 

 

A revista Voz Ativa foi idealizada e criada por Vili Santo Anderson, seu editor desde o início, em 1991, até bem pouco tempo. A finalidade era divulgar o trabalho literário dos colegas aposentados, dentre os quais me incluo. Foi um grande incentivo, de tal magnitude que me fez participar ativamente, e a frequência se mostrou tamanha que meu nome passou a constar no expediente da revista como um de seus colaboradores. Começou com 4 páginas, depois com 6, e, na edição de outubro de 20021, saiu com 22. É espaço pra mais de metro!

 

O tempo passa, o tempo voa, mas certas coisas nem sempre continuam numa boa!

 

Em 2016, para comemorar meu octogésimo aniversário, escrevi o livro Caindo na Gandaia e, para que os colegas aposentados dele tomassem conhecimento, enviei à Voz Ativa este convite, com a devida antecedência, na vã esperança de que nossa revista o publicaria:

 

 

 

Para meu azar, o Vili já não fazia parte de sua editoria, e a Voz Ativa, baseada em sem lá quais motivos, se recusou a publicá-lo. Como toda ação produz uma reação, solicitei, de imediato, a exclusão de meu nome em seu quadro de colaboradores, no que fui prontamente atendido.

 

Mas, para minha enorme alegria, Vili e sua jovial Cinira compareceram ao lançamento. Lá no Carpe Diem, ele estranhou a ausência de outros colegas aposentados e ficou perplexo quando lhe expliquei o motivo.

 

Vili e Cinira não estavam ali apenas para marcar presença, cumprir uma formalidade social, mas sim como velhos amigos conforme mostram as fotos a seguir, nas quais além do registo de praxe, Cinira quis uma pose com meu chapéu de eventos:

 

 

 

O tempo passa, o tempo voa...

 

Agora, sob nova direção, a Voz Ativa instituiu uma seção denominada Clube do Livro, o que muito me animou:

 

 

No intuito de me fazer conhecido pela nova geração de aposentados, enviei à Presidente da ASA-CD meus 5 últimos livros: Do Jumento ao Parlamento, De Balsas Para o Mundo, Memorial Balsense, Pétalas do Rosa, e Caindo na Gandaia, esperando que eles fossem mencionados no tal clube.

 

Debalde!

 

Pedra mole em pedra dura tanto bate até que fura, diz o adágio popular. Pois foi assim pensando que enviei à Voz Ativa matéria em louvor ao amigo Vili, intitulada Vili Santo Andersen, o Poeta Esquecidão, almejando que fosse publicada na edição de outubro passado. Vocês poderão acessá-la clicando no link a seguir, ou colando-o em seu navegador:

 

http://raimundofloriano.com.br/views/Comentar_Post/vili-sando-andersen-o-poeta-esquecidao-hkwfPaL9kaJFixlvVW5y

 

Novamente, debalde!

 

Porém, dessa vez a Presidente da ASA-CD se dignou a responder-me, num curto e-mail, do qual pincei teste trecho: “Como já lhe falamos, Fernando inclusive, publicamos comunicado para que os associados poetas enviassem suas fotos para publicarmos na capa da Revista. Vili não entrou em contato.” Aqui, ela me chama de Fernando, demostrando que sou um tanto desconhecido por lá.

 

Esta pedra mole, todavia, é teimosa. Querendo informar, urbi et orbi, meu estado de saúde, enviei à Voz Ativa, ainda em tempo de sair na edição de outubro, lançada em meados de novembro, esta mensagem:

 

 

Pra varia, debalde!

 

Dia desses, minha Fisioterapeuta me fez esta interrogação:

                        – Seu Raimundo, o senhor já sentiu a dor fantasma?

                        Estranhei o termo, mas ela me explicou:

                        – É a dor que se sente num membro amputado!

                        Aí, eu respondi:

                        – Sim! Tem dia que esse ex-dedinho coça, arde e dói, como se ainda existisse!

 

**********

 

Pois bem, para a Voz Ativa, sou um membro amputado que coça, arde, dói, assombra, enfim, um escritor fantasma!


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