O forte disfarça o frágil que há nele. Só a alguns é dado compreender o espetáculo que cerca as estrelas. A alma humana é escondida pela máscara da alegria, que esconde a mais vil tristeza.
O homem luminoso, derrotado nos seus sonhos, mas com sua grande estrela ainda acesa, há de superar, em todos os sentidos, a maldade dos seus semelhantes.
Recordando o filme El Cid, de 1961, que nunca esqueci:
El Cid (bra/prt: El Cid) é um filme épico de 1961, que conta a história romanceada da vida do cristão e maior herói do Reino de Castela, o cavaleiro Don Rodrigo Diaz de Bivar (Vivar), chamado El Cid (do árabe as-Sidi, que significa “O Senhor”), que, no século XI, lutou contra o norte-Africano Ibn Yussuf, da dinastia dos Almorávidas e, finalmente, contribuiu para a unificação da Espanha. O filme é estrelado por Charlton Heston no papel-título e Sophia Loren como Doña Ximena.
Produzido por Samuel Bronston Productions em associação com Dear Film Production e lançado nos Estados Unidos por Allied Artists Pictures Corporation, o filme foi dirigido por Anthony Maann e produzido por Samuel Bronston, com Jaime Prades e Michal Waszynski como produtores associados. O roteiro foi de Philip Yordan, Bem Barzman e Fredric M. Frank, a partir de uma história de Frank. A trilha sonora foi de Miklós Rozsa, a cinematografia realizada por Robert Krasker e a edição por Robert Lawrence.
Enredo do filme El Cid:
O general Ibn (pronuncia-se Ben) Yussuf (Herbert Lom), da dinastia dos Almorávidas, convocou todos os Emires de Al-Andalus para o Norte de África, castiga-os por sua complacência com os infiéis e revela seu plano para dominar o mundo islâmico.
Mais tarde, durante o caminho para cumprir seus votos de noivado com Dona Ximena (Sophia Loren), o nosso herói Don Rodrigo (Charlton Heston), envolve-se em uma batalha contra o exército mouro. Dois dos emires, Al-Mu’tamin (Douglas WilmeDouglas Wilmer) de Zaragoza e Al-Kadir (Frank Thring) de Valência, são capturados, mas Rodrigo liberta-os na condição de prometerem nunca mais atacar as cercanias de rei Ferdinand de Castela (Ralph Truman).
Assim, os emires proclamam-no “El Cid” (castelhano espanhol para pronúncia árabe de Senhor: “Al Sidi”) e juram amizade a ele. Por este ato de misericórdia, Don Rodrigo é acusado de traição contra o rei pelo conde García Ordóñez (Raf Vallone), e mais tarde pelo pai de Ximena, Gormaz de Oviedo (Andrew Cruickshank). Por esse motivo o pai de Rodrigo, Don Diego (Michael Hordern), declara serem Gormaz e Ordóñez mentirosos. Gormaz atinge Don Diego, com uma luva, para desafiar o velho homem a uma duelo.
Rodrigo chega a implorar a Gormaz que é o Campeão do Rei para retirar o desafio, porém ele se recusa a tomar de volta o mesmo, e Rodrigo mata-o por este duelo.
Gormaz, ferido mortalmente, clama por Ximena, e, como último desejo, pede que ela se vingue de seu assassino, o seu próprio noivo. Rodrigo, em seguida, reclama para si o manto de Campeão do Rei em um único combate pelo controle da cidade de Calahorra, que ele ganha.
Rodrigo é enviado em uma missão para recolher o tributo de vassalos mouros da coroa castelhana, mas Ximena e o conde Ordóñez, se juntam para tentar matá-lo. Rodrigo e seus homens são emboscados, mas são salvos pelo Emir Al-Mu’tamin, um dos pares a quem mostrara misericórdia anteriormente. Voltando para casa, sua recompensa é a mão de Ximena em casamento. Mas o casamento não se consuma e ela desloca-se para um convento.
Com a morte do rei Fernando, o reino é dividido entre seus filhos, mas seu filho mais velho, Príncipe Sancho (Gary Raymon ), a quem foi dado o reino de Castela, age para tornar-se o rei do reino unificado. Ao filho mais novo, Príncipe Alfonso (John Fraser), foi prometido o trono de León, e à sua irmã, a princesa Urraca (Geneviève Page) foi dado o trono da cidade de Calahorra. Diante das tentativas de Sancho de dominar todo o reino, a princesa Urraca envolve-se em um plano para seu assassinato. Na coroação de Alfonso, El Cid o faz jurar sobre a Bíblia que ele não tinha parte na morte de seu irmão. Desde que ele não tinha parte nisso (como sua irmã era responsável), ele jura, e faz Rodrigo banido por seu atrevimento. O amor de Ximena para El Cid reacendeu. Ela o acompanha em seu exílio.
Mas, Rodrigo é posto em serviço por outros combatentes espanhóis exilados e eventualmente, para o serviço do rei em proteger Castela do exército norte-Africano de Yussuf em uma batalha na planície de Sagrajas. Rodrigo não se junta ao rei, mas alia-se com os emires que lutam em Valência, onde Rodrigo alivia a cidade do ímpio Emir de Al-Kadir, que o traiu. Em represália por sua desobediência, o rei Alfonso aprisiona D. Ximena e as filhas gêmeas de El Cid. Ordóñez traz Ximena de onde o rei a tinha aprisionado com suas filhas e juntam-se a Rodrigo nas proximidades de Valência. Valência cai e o Emir Al-Mu’tamin juntamente com o exército de Rodrigo e os valencianos oferecem a coroa a Rodrigo, “O Cid”, mas ele se recusa e envia a coroa para o Rei Alfonso. Rodrigo então repele o exército do invasor de Ben Yussuf, mas é ferido em batalha por uma flecha da vitória final. Se a seta fosse removida, ele seria incapaz de levar seus combatentes, mas ele teria uma chance de recuperação. El Cid obtém uma promessa de Ximena de não retirar a flecha, optando por montar em seu cavalo e lutar, morrendo ou morto. O Rei Alfonso chega em seu leito e pede seu perdão.
Rodrigo, El Cid, morre, e assim seu corpo é preso na cela de seu cavalo e enviado à frente de seu exército, com o rei Alfonso e Emir Al-Mu’tamin montados em ambos os lados. Quando o exército de Yussuf percebe que El Cid está com os olhos abertos, acredita que o seu fantasma voltou dos mortos.
Babieca, seu cavalo, atropela e mata Ben Yussuf, que está apavorado demais para lutar. O exército norte-Africano invasor é esmagado. O rei Alfonso leva mouros e cristãos em uma oração “para o cavaleiro mais puro de todos”.