Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Violante Pimentel - Cenas do Caminho sexta, 27 de dezembro de 2024

O CABO DA CAÇAROLA (CRÔNICA DA COLUNISTA MADRE SUPERIORA VILANTE PIMENTEL)

O CABO DA CAÇAROLA

A história da humanidade se repete, como se o mundo fosse um carrossel que não para de girar, e os cavalinhos fossem sempre os mesmos. Apenas as cores são trocadas cada gestão pública.

 

 

Pois bem. Durante o reinado de Henrique IV, da França, quando o Ministro da Fazenda era Sully, certo dia o Rei percebeu que o mesmo estava com o semblante preocupado e perguntou-lhe a causa.

– Senhor – respondeu Sully: As necessidades do Estado são prementes e vamos ser obrigados a criar novos impostos. É isto o que me preocupa.

– Oh! Novos impostos! – Exclamou o Rei, perdendo, de repente, todo o ar de brincadeira. Não me fale nisto! Meu povo já está muito sobrecarregado de impostos, para que lhe imponhamos outros! É impossível!

– Senhor, continuou Sully – acho-me diante de sérios compromissos: as despesas aumentam dia a dia, e as rendas diminuem, não dando para cobri-las. Preciso fazer grandes pagamentos e me encontro sem recursos. Já sabeis, Majestade, que aquele que segura o cabo da caçarola é o que em pior situação se encontra.

– Quem lhe disse isto? – Perguntou o Rei.

– A sabedoria popular, Majestade. É voz corrente. E a voz do povo é a voz de Deus!

E o Rei contestou, rindo:

– Pois você está redondamente enganado! Não é quem segura o cabo da caçarola quem corre perigo. Quem se encontra em situação de perigo é quem está sendo cozinhado na caçarola. No caso, quem está correndo perigo sou eu, o Rei.

O Ministro Sully se acalmou.

Quem somente segura o cabo da caçarola, assiste de camarote à derrocada do Rei.


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