O BICHO SERRA
Autor Desconhecido
Será esse o Bicho Serra?
(Agradecimentos ao escritor Robson José Calixto, colunista do Almanaque Raimundo Floriano, pela postagem da foto do suposto Bicho Serra. E ao primo João Ribeiro da Silva Neto, líder do Big Brasa, por ter recuperado a letra deste cordel, que seu pai, Alberto Ribeiro da Silva, meu primo, declamava nos tempos de outrora.)
O velho Mané Sinhô,
Achava-se num deserto,
Deitado de c* aberto,
Chegou um bicho e entrô.
Entrô, saiu e voltou,
Indo e vindo agoniado,
Dizem que o bicho é pelado,
Mas tem o pé cabeludo,
Roliço, porem nervudo,
Cego, rombudo e furado.
O bicho não é de carne,
De osso também não é,
Não tem braço nem pescoço,
Não se senta, fica em pé.
É liso que nem muçu,
Carrega os ovos num saco,
Na falta de outro buraco,
Costuma entrar pelo c*.
Não sei dizer o seu nome,
Ou se existe algum capricho,
Negar o nome do bicho,
E só fazer a descrição,
Me diga, Napoleão,
Que eu quero ver tão-somente,
Pra ver se na minha terra,
Tem esse bicho da serra,
Que entra no c* de gente.
Fica triste quando come,
Vomita o que não engole,
Ora está duro, ora mole,
Não sei dizer o seu nome.
Diz, porém, a Dona Chica:
"Se a capa for de pelica,
Feita por mãe-natureza,
Pode afirmar com certeza,
Que o nome do bicho é pic@!”
Primo Raimundo Floriano, o Mução, aquele das pegadinhas, foi entrevistado hoje pelo Danilo Gentili e recitou esse poema!
Primo João Ribeiro, é como eu sempre digo: de Balsas para o Mundo!