O terreno, devastado, está à espera de quem tenha competência para cultivá-lo, tornando-o fértil e útil para quem nele vive, para quem dele depende. A nós, pobres mortais, mas ainda com poder de decisão, compete escolher o arador certo, como bem disse um Poeta amigo meu. Ter a liberdade de escolher o arado já é um grande privilégio, impensável em outros tempos. Melhor, porém, é saber escolher quem vai pilotar esse arado. Se mal escolhido, a amplidão dos sonhos, de que fala as pessoas sábias, pode transformar-se numa estreiteza em que não passe a menor das pedras que desejamos filtrar, um terreno tão árido que não aceite e impeça a floração da boa semente, que impossibilite a colheita de flores. Não quero canhões, nem porões, nem ladrões. É preciso ter cuidado. Caminhar, cantar e seguir a canção é muito bom, mas isto só, não basta. O mundo é bem mais vasto.