Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

O Globo terça, 23 de fevereiro de 2021

NOVO ZOO DO RIO: MAIS 35% DE VEGETAÇÃO E PASSEIO DE BARCO ENTRE ANIMAIS DA SAVANA

 

Novo zoo do Rio: mais 35% de vegetação e passeio de barco entre animais da savana

Com número menor de espécies, espaço para cada bicho ficará mais amplo; o leão, por exemplo, terá um ambiente quase dez vezes maior que o anterior
 

RIO — Mais aventuras e áreas verdes. Menos grades e concreto. A um mês da reabertura, o novo zoológico promete não só encantar o público e reavivar muitas memórias de infância mas também proporcionar novas emoções. Com o nome de BioParque do Rio, a atração da Quinta da Boa Vista, Zona Norte da cidade, vai apostar na interatividade e na preservação da vida selvagem. A partir de 22 de março será possível por exemplo, ver de perto o nado dos elefantes, interagir com bichos da fazenda e passear de barco em meio a animais da savana africana.

A assinatura do projeto é do arquiteto João Uchôa, de 59 anos, da CICLO Arquitetura. É dele a concepção do espaço administrado pelo Grupo Cataratas, que aposta no modelo de enclausuramento inverso: em vez das grades e jaulas que estamos acostumados, animais integrados ao ambiente com uso de barreiras naturais.

Imagem real de uma das áreas reformadas do antigo zoológico do Rio Foto: Paulo Eduardo
Imagem real de uma das áreas reformadas do antigo zoológico do Rio Foto: Paulo Eduardo

Outro ponto é a ampliação da área verde em 35% do espaço original, reduzindo-se a pavimentação. A ideia é aproveitar as árvores!

— Lá dentro, não se retirou nenhuma árvore! Toda a cobertura vegetal foi preservada no projeto topográfico, incluindo mudas de espécies nativas da Mata Atlântica, o que no futuro vai permitir uma área verde ainda maior. A ideia é criar um ambiente com clima de floresta, aproximando-se ao máximo do habitat dos animais. Temos que tirar proveito das sombras também — explica Uchôa, que trabalha há pouco mais de dois anos no projeto junto com escultores, grafiteiros, consultores, biólogos, veterinários e outros 80 arquitetos.

De acordo com o profissional, uma das medidas foi reduzir o número de espécies para ampliar os espaços de cada animal. O leão, por exemplo, sai de um confinamento de 70 metros quadrados para um ambiente com 600 metros quadrados, quase dez vezes maior.

Os visitantes também caminharão por túneis, corredores e passarelas, ganhando uma nova experiência sensorial. Uchôa optou por utilizar materiais naturais. Em toda a configuração do parque, foi usada madeira de eucalipto (material certificado). As paredes receberam um revestimento com pintura artística de envelhecimento, num tom que se assemelha à terra. Foram utilizados ainda recursos cênicos, como rochas nos lagos, que propiciam uma atmosfera agradável. No recinto dos tigres, pedras artificiais foram criadas idênticas às naturais.

As reformas tiveram um investimento próximo de R$ 90 milhões. Foram 73 mil m² de intervenção dentro dos quase 115 mil m² do BioParque.

A assinatura do projeto é do arquiteto João Uchôa, de 59 anos, da CICLO Arquitetura. É dele a concepção do espaço administrado pelo Grupo Cataratas Foto: CICLO Arquitetura
A assinatura do projeto é do arquiteto João Uchôa, de 59 anos, da CICLO Arquitetura. É dele a concepção do espaço administrado pelo Grupo Cataratas Foto: CICLO Arquitetura

Ainda de acordo com Uchôa, optou-se por linhas sinuosas em todos os desenhos, na intenção de aproximar-se ainda mais do cenário natural, com menos traços retos. Outro ponto planejado foi criar um caráter lúdico nas instalações que agrade as crianças. Os quiosques de lanche, por exempo, lembram barracas de acampamento.

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— A expectativa é maravilhosa, o que deixa a gente mais atento para entregar um lindo trabalho. Confesso que não imaginava tanto interesse no zoo. Por onde comento, a curiosidade é enorme. Vai surpreender as pessoas. Foi criado uma área de convivência famíliar, não apenas de observação dos animais. Você poderá ir e passar o dia todo lá com a sua família, brincando, se divertindo, comendo e até sentado na grama. É estar próximo à natureza — detalha Uchôa.

Entre as muitas áreas de visitação estão a Vila dos Répteis, com jacarés, cágados e serpentes; o setor Reis da Selva, com leões, onças e tigres; a Ilha dos Primatas, com animais da Amazônia; a Fazendinha, onde as famílias poderão interagir comvacas, colehos e galinhas; a Savana Africana, com zebras, girafas e hipopótamos; um ambiente imersivo onde será possível conhecer a importância de seres polinizadores; e ainda uma área que imita o cerrado brasileiro.

Lagos estão com águas mais limpas, o que melhora a visão dos visitantes Foto: Paulo Eduardo
Lagos estão com águas mais limpas, o que melhora a visão dos visitantes Foto: Paulo Eduardo

Uchôa tem trabalhado, nos últimos 30 anos, com a arquitetura autoral e assina projetos singulares no Rio de Janeiro, como os principais palcos e estruturas do Rock in Rio, a Cidade do Samba, o Bar do Zeca, o Centro de Treinamento do Flamengo, o Hotel Le Canton e muitos outros.

Passaporte de sócio anual à venda por R$ 80

Fechado desde 2019 para obras, o zoo reabre em 22 de março como um centro de preservação da vida selvagem. Na reta final da reforma, foi lançado um programa de sócio que oferece vantagens, como acesso ilimitado por um ano. Os sócios poderão conhecer o local a partir de 19 de março, antes do restante do público. O passaporte anual custa R$ 80, podendo o titular incluir até sete dependentes a um valor adicional de R$ 60 por cada e parcelar em até 12 vezes.

 

As obras criaram biomas com mais de sete metros de altura e vegetação natural das regiões de cada animal. O novo zoo, gerido pelo Grupo Cataratas, promete seguir rigoroso protocolo de segurança sanitária contra a Covid-19, com higienização ambiental diversas vezes ao dia, capacidade reduzida, locais diferentes para entrada e saída, posto de triagem para aferição de temperatura e higienização de mãos e calçados. O uso da máscara será obrigatório.

Savana africana: uma das novas atrações Foto: Divulgação / Guilherme Cazé/BioParque do Rio
Savana africana: uma das novas atrações Foto: Divulgação / Guilherme Cazé/BioParque do Rio

— O primeiro local a receber animais foi o “Imersão Tropical”, um grande viveiro com mais de 40 espécies, em sua maioria aves e alguns mamíferos. O grande diferencial é a sensação de estar dentro de uma floresta tropical. O parque irá destinar um percentual do valor do ingresso para financiar projetos de preservação da vida selvagem e bolsas de estudos sob o tripé da educação, pesquisa e conservação — contou o diretor do BioParque do Rio, Manoel Browne.


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