Três torres que formam um “tríplex” mesmo sem ser no Guarujá
Finalmente chegou o dia fatídico. O dia de, verdadeiramente, passar o país a limpo – pelo menos é isso que uma grande maioria de pessoas do bem está esperando.
Nada sugere, nem pede “vingança”. O que se quer, e se espera, é que seja feita justiça – principalmente porque nenhum grupo de profissionais, nesse caso, o Ministério Público Federal, trabalharia tanto e durante tanto tempo de noites insones, pelo prazer de “fazer mal a alguém”.
O Brasil está à deriva. O Brasil está sem comando e desmoralizado noutros continentes, por conta das práticas inadequadas, sem deixar de fora as centenas de denúncias de corrupção que passaram a ser o assunto principal, e à vezes, o único assunto dos noticiários dos meios de comunicação.
O Brasil parou. Parou para tentar limpar suas feridas, lavar suas partes putrificadas, lavar sua honra enlameada durante tantos anos, com fortes e insuportáveis odores, desde os anos dos governos petistas escudados pela “garantia da governabilidade” avalizada pelo PMDB. É isso que está sendo dito desde então.
Quinze anos de nada, somados a mais outros tantos de forte prática corruptiva que espalhou seus odores podres em outras instituições e poderes. Uma pena.
Se viva fosse, minha falecida avó diria: “filho, estamos nadando na merda”.
Suíte “presidencial” espera novo inquilino
Luís Inácio da Silva, pernambucano de Caetés, nordestino como eu, me enganou. Eu morava no Rio de Janeiro (na realidade, morei ali de 1967 até 1987) quando o regime de exceção estava instalado no País.
Vi e vivi a pretensa mudança, quando Sarney assumiu e o resultado foi o que muitos conhecem. Luís Inácio foi deputado federal e na Câmara Federal deu sinais de que poderia ser uma boa e nova opção para que saíssemos do regime ditatorial.
Eu acreditei e mergulhei de cabeça na piscina da ilusão. Votei nele sim, para o primeiro mandato. Acreditei nele, nas propostas dele – e achei que, naquele tempo, qualquer opção poderia ser boa. Não foi boa.
O que se viu após pouco mais de treze anos, foi que a opção não era a melhor, pois Luís Inácio enveredou por caminhos que acabaram por leva-lo para a prática que mais combateu – e esse é o principal motivo que o levou a sentar hoje num banco de réus.
Culpado e vai ser condenado?
Não sei. Ao contrário de muitos, não tenho motivos aparentes para “desconfiar” das nossas instituições que diuturnamente investigaram e trabalharam nos casos denunciados, nem ficar achando que todo mundo é vagabundo e vai pensar em perseguição política. Tolice pensar assim.
Mas, o croquis de uma provável retomada de caminho (que todos esperam que agora seja o certo), nos enche de alegria e renova nossas esperanças para as boas práticas. Será como aquele “cabo de guerra” das procissões do Círio de Nazaré – todos fazendo força pelo mesmo objetivo.
Sabemos que o Luís Inácio não é o “único” culpado nessa sujeira toda. Tem muito mais gente – e engraçado, não vejo nenhum negro e pobre envolvido ou citado. Tudo gente branca e de cabelos brancos que, se fez o que dizem terem feito, foi por DNA enlameado. Não devemos parar no Luís Inácio.
O fato é que se vislumbra uma nova moradia para Luís Inácio, num outro tipo de tríplex com aluguel e manutenção paga pelo contribuinte – e os laranjas nem precisarão mais forjar recibos com datas de recebimento inexistentes.
DETALHE: Luís Inácio, inquilino novo do novo tríplex, não poderá sequer concorrer à eleição de Síndico do condomínio.
Área de lazer com play-ground mas sem os pedalinhos do sítio de Atibaia