NO PENEDO DA MEDITAÇÃO
Alberto de Oliveira
Aprende-se até morrer...
Mas eu fui mais refractário:
Morrerei sem aprender,
Vida, o teu abecedário!
Nem a Dor, nem o Prazer,
No seu vaivém arbitrário,
Souberam dar ao meu ser
As regras do seu fadário.
O céu trasborda de estrelas,
Mas é cifrado e secreto
Para mim, que não sei lê-las.
Cego, surdo, analfabeto,
De nada entendo o motivo,
Nem quem sou, nem porque vivo...