Todos vocês devem ter tomado conhecimento daquela cena tocante que teve lugar num marcante evento.
Foi numa exposição de artes em Porto Alegre, patrocinada pelo Banco Santander.
Lá foi registrada a presença de um artista-performista-modernista, um homem nu, deitado no chão e com a pajaraca ao vento, sendo apalpado por uma menina.
Do outro lado, a mãe da criança, feliz da vida, incentivando e introduzindo sua cria neste fascinante, puro e casto universo da putaria infantil. Ela se esforçou amorosa e maternalmente para incentivar a filha a interagir com o imaginativo criador.
Pois teve gente que reclamou porque eu não dei o devido destaque a este fantástico acontecimento.
Para que ninguém acuse esta gazeta escrota de retrógrada, reacionária e inimiga dos avanços artísticos nesta segunda década do Século XXI, tomei a resolução de integrar o JBF neste movimento revolucionário, avançado, zisquerdista e futural, que incentiva a integração de crianças com adultos pelados.
Resolvi dar destaque a um evento realizado em Palmares, minha terra de nascença, que foi um sucesso enorme.
Trata-se de um acontecimento montado pelo Coletivo de Fêmeas Revolucionárias, entidade que é presidida pela minha querida amiga Marluce Cu-de-Ferro, militante destemida, ousada, que não teme bater de frente com os retrógrados municipais da minha terra de nascença.
Pois o Coletivo levou a efeito uma performance avançadíssima, intitulada Vela no Cu, que fez um sucesso enorme.
Faço questão de publicar a foto para que este jornal seja reconhecido como moderno e de vanguarda.
Notem, na foto abaixo, que o fantástico desempenho dos artistas está sendo registrado por câmeras e celulares, captando imagens que brilharão em todos os países avançados e civilizados do mundo.
Na parte esquerda da foto, vocês podem reparar que estão duas mulheres, embevecidas e encantadas com o desempenho dos artistas, todos com um vela acesa enfiada no fedegoso, num ritual místico que foi incensando com a soltura de muitas bufas.
Conforme destaque abaixo, a da esquerda é Marluce Tolôte-Grosso, tesoureira do diretório municipal do PT em Palmares.
E a da direita é Dulce Foice-e-Martelo, que preside o PCdoB na minha cidade.
Marluce é zisquerdista radical-moderada e Dulce é zisquerdista radicalíssima-extremada.
Comprovam no flagrante como as duas estão encantadas e embevecidas com a revolucionária apresentação dos artistas. Chega tão suspirando de prazer.
A grande arte toca fundo nos corações sensíveis. Sem falar que toca no fundo dos que estão se apresentando com as velas enfiadas no fedegoso.
Para o mês de dezembro, fechando o ano com chave de ouro, já está prevista outra grande performance, intitulada Mão-de-Pilão-No-Cu.
Já sugeri às minhas amigas Dulce e Marluce que busquem um patrocínio com o Banco Santander.
E, em sendo minha sugestão vitoriosa, espero que elas repassem para o JBF um tiquinho da verba. Mesmo pouco, mesmo sendo uma minxaria.
Só assim, talvez, eu possa pagar o 13º de Chupicleide, secretária da redação.