O verdadeiro “nó de marinheiro” amarrou o Brasil e o povo brasileiro
Francisco de Meira Vasconcellos, também conhecido pelo hilário apelido de “Caburé”, foi indicado por uma “autoridade” para exercer um cargo importante na Petrobras. Ali, sua incumbência seria cuidar da venda de combustíveis para o exterior, principalmente para alguns países vizinhos, e da América Latina.
Anos depois de admitido, “Caburé” perdeu a timidez e passou a chamar a atenção dos demais diretores da empresa. Carros sempre novos e caros. Casas, apartamentos e fazendas. Uma investigação aconteceu e Caburé entrou na alça de mira da Polícia Federal. Não demorou muito e foi descoberto que o mesmo estava desviando altos valores, pois fora colocado na função exatamente para fazer isso – e dividindo-os com quem o indicou para o cargo. Preso, foi constatado que desviara um mínimo de 300 milhões de reais.
O tempo fez com que Caburé pensasse em fazer delação premiada. Fez. Denunciou e entregou quem o indicou. Fez mais: propôs devolver 120 milhões de reais, e conseguiu ter a proposta aceita. Ganhou alguns anos de diminuição na pena de condenação.
E para onde vão e com quem ficam os 180 milhões restantes?
Qual a escola que ensina essa aritmética?
Descobriu-se também, na sequência, que Caburé foi o articulador da negociação hilária e inconsistente valor para o preço do combustível. Nas suas vendas, o valor do litro da gasolina não superava R$2,00, sem qualquer preocupação para o fato de que, no Brasil e para o consumidor brasileiro, o litro do mesmo combustível estava chegando aos R$4,00. Alguém entende dessa aritmética?
Aprendeu em qual escola?
Botijão de gás – o mais comum vendido no Brasil
Oleodutos e gasodutos nos impuseram a impressão da diminuição da distância quilométrica entre Brasil, Bolívia e Colômbia. Passamos a ter, também, a impressão de algo fácil na transposição das fronteiras – as comerciais, pois as dificuldades físicas sempre existirão. Para parecer “fácil” essa aproximação, agora em todos os sentidos, foram imaginadas ações que justificassem a superação dessas demandas e necessidades no nosso próprio continente. A comercialização do gás butano é uma dessas traquinagens.
Lá pelos anos 50, o emergente Edson Queiroz, “pater” do sistema e principal cabeça pensante e operacional dos negócios da família, ao mesmo tempo que exercia a mágica de transportar sacas de açúcar em jangadas no trecho Bahia-Pernambuco-Paraíba-Alagoas-Ceará, descobriu que também seria vantajoso investir nos negócios dos combustíveis. Fundou e investiu na Norte Gás Butano, que brigaria forte contra as “irmãs” do sul e sudeste, Supergasbrás e outras assemelhadas.
Mas, para quem vender o gás butano?
Cérebro ventilado, Edson Queiroz criou a antecessora da Esmaltec e a própria, fabricante do fogão a gás. Não vendia fogões. Doava. Não lhe interessava o dinheiro da venda dos fogões. Interessava, sim, o dinheiro do consumidor do gás.
Hoje o fornecimento do gás de cozinha parece justificar a sabedoria de Edson Queiroz enquanto investidor. Aparentemente, a produção e venda do gás de cozinha virou algo estatal e acabou se tornando um forte “condutor” da economia brasileira.
Lenha – o gás butano natural das famílias da roça
A vaca não “serve” apenas com o leite. Dela, aproveitamos até a bosta. Claro que sem esquecer a carne ou os ossos. Do couro fazemos o calçado, dos ossos as rações, etc.
Assim, de forma semelhante, da Natureza aproveitamos também a madeira que, em estágio ainda inferior, nos fornece a principal fonte de produção e preparação de alimentos. É o mais próximo substituto do gás de cozinha.
Não é ofensivo imaginar que, para garantir o consumo do gás de cozinha, alguma coisa tem que ser feita para “evitar ou proibir” o corte e uso contínuo da madeira. Criam-se as leis e a elas chamamos de “combate à destruição do meio ambiente”. É fácil incutir isso na cabeça de tantos analfabetos.
Fogão “movido” a lenha – prejuízo para a indústria e economia brasileira
Quanto custa, nos dias atuais, um botijão de gás nas principais capitais brasileiras?
Nas cidades interioranas, principalmente naquelas onde é difícil encontrar “madeira para queimar”, o valor unitário do botijão chega quase a duplicar. Mas, nas cidades onde há mais madeira para tocar o fogo na comida, o gás butano não tem tanto valor. É desprezível, principalmente pelo aspecto cultural.