Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Cícero Tavares - Crônicas e Comentários segunda, 13 de março de 2017

NELSON PORTELLA, UM HOMEM HONRADO
 


A dignidade pessoal e a honra, não podem ser protegidas por outros, devem ser zeladas pelo indivíduo em particular. Mahatma Gandhi

No princípio do século XX, o empresário Herman Theodor Lundgren (1835-1907), sueco naturalizado brasileiro, comprou da firma Rodrigues Lima & Cia uma fábrica de tecidos situada em Paulista, (PE), até então um distrito de Olinda. A Companhia de Tecidos Paulista, a qual originou a rede de estabelecimentos de venda a retalho, a maior, a mais eficiente e a mais promissora que se tinha conhecimento no Brasil à época, as famosas Casas Pernambucanas, denominadas também de Lojas Paulista, mas após a derrota de São Paulo na Revolução de 1932, passou a prevalecer, por decisão dos herdeiros dos lundgrens, a denominação Casas Pernambucanas para todos os estabelecimentos que a compunham por todo o país.

Em 1915 a rede das Casas Pernambucanas já tinha estabelecimentos em Porto Alegre, Florianópolis e Teresina, etc. Expandindo-se rapidamente por vender abaixo dos preços artigos têxteis populares, recorrendo com frequência à publicidade para se tornar mais conhecida. Tornaram-se famosas no interior de vários estados do Brasil as pichações que se faziam em pedras, barrancos e porteiras em beiras de estrada, muros, viadutos, com seus anúncios.

Conta-se que de certa feita, num domingo, uma das Casas Pernambucanas pintou seu anúncio na porteira principal de um sítio em Itu (SP), local de muito movimento. O Brás hoje. No dia seguinte, quando a loja foi aberta, diante dela estava o dono do sítio, com tinta, pincel e escada na mão, perguntando onde poderia pintar o nome da sua propriedade.

Na década de 1970 as Casas Pernambucanas atingiram seu auge, com mais de 800 lojas e mais de 40.000 funcionários. Hoje tem mais de 295 lojas, em sete estados brasileiros.

Pois bem, nessa época começa a trabalhar como caixa da empresa, primeiro na Companhia de Tecidos Paulista e depois transformada em Lojas Pernambucanas, o jovem Nelson Portella que, se fosse hoje, seria proibido pelo famigerado Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) por ser pubescente.

Logo começa a ganhar a confiança e simpatia do chefe por sua eficiência, dedicação, pontualidade e honestidade.

Durante doze anos que ficou como caixa nunca uma auditoria feita pela empresa a qual ele era vinculado, encontrou irregularidades na prestação de contas. Tudo batia rigorosamente, de moeda a moeda.

Determinado momento, o chefe de outro setor das Casas Pernambucanas, estava a procura de um funcionário eficiente, pontual e, principalmente, honesto para operar num determinado setor sensível da empresa que requeria essa qualidade. E indicaram o jovem caixa Nelson Portella para gerenciar o setor.

O chefe, ao qual ele era subordinado, relutou em cedê-lo, só o fazendo se lhe fosse apresentado de dentro da empresa um funcionário de confiança tal e qual.

Certo dia ele estava no caixa pela manhã e chegou à sua frente um sujeito alto, magro, e de bigode de falsete à lá Clark Gable, com uma carta-recomendação do chefe, que dizia o seguinte:

Sr. Nelson Portella:

Esse é o caixa que vai substituí-lo a partir de hoje. Faça-me a gentileza de repassar-lhe todas as serventias do caixa.

Respeitosamente.

Nelson Portella, que fora promovido e iria galgar outro posto na empresa, começou a passar os serviços do caixa ao seu substituto, tintim por tintim, por ordem do chefe.

Determinado momento, explicando ao seu substituto como funcionava o ativo e passivo da empresa e como o caixa deveria proceder nas anotações das entradas e saída de dinheiro e como deveria anotar no caderno de ativo e passivo, o caixa transmitido olhou para o caixa transmitente e, com olhar brilhando de espanto como se tivesse encontrado uma mina de ouro, disse: mais desse jeito eu posso ROUBAR!

O jovem Nelson Portella não deu ouvido à curiosidade do substituto e continuou lhe explicando os mecanismos contabilísticos do caixa.

Terminada a tarefa da transmissão, se despediu do substituto, lhe desejando boa sorte e foi se apresentar ao chefe do outro setor onde havia sido promovido.

Duas semanas depois de assumir o caixa da empresa o substituto de Nelson Portella fora demitido por justa causa. Uma auditoria feita pela empresa constatou que no primeiro dia que ele começou a trabalhar já pôs em ação o plano guabiru. Ele já possuía no DNA a áurea de ladrão, pôs em prática no momento que a ocasião lhe foi favorável. A ocasião faz o furto; o ladrão nasce feito, já dizia o Bruxo do Cosme Velho, Machado de Assis.

Esse rapaz tem indícios de mau caráter!

Nelson Portella, que era um homem simples, digno, honrado e duma percepção extraordinária a respeito da cognição humana, sempre demonstrava sua aversão ao à época dirigente sindical do ABC Paulista, o pernambucano de Garanhuns, Luiz Inácio Lula Ladrão da Silva.

– Não vou com os cornos desse rapaz, dizia ele na sua sábia simplicidade! Ele prepara algo traiçoeiro contra a nação!

A partir de 1993, quando Lapa de Ladrão começou a organizar aquelas caravanas escrotas para percorrerem o Brasil, dava início um modus operandi de guabirutar o país. O circo estava sendo montado para o Mister M entrar em ação!

Uma equipe de ratos políticos, sindicalistas, técnicos e especialistas em ilusionismo acompanharam Lapa de Corrupto em cinco caravanas que percorreram um total de 359 cidades de 26 estados, com o objetivo de espalhar a ratoeira para pegar os tabacudos.

A primeira caravana da guabirutagem partiu de Garanhuns (PE), terra natal de Lapa de Corrupto, e terminou em Vicente de Carvalho, distrito fudido de Guarujá (SP), para onde a família do aprendiz de chefão-mor migrou em 1952.

Nessa época, Luiz Inácio Lula Ladrão da Silva, dava início à preparação do maior golpe à Nação através de acúmulos de simulação de pequenos assaltos à beira da estrada.

Nelson Portella se encantou antes de Lapa de Ladrão tornar-se presidente de Banânia, mas antes de se encantar ele havia sentenciado:

Esse rapaz tem indícios de mau caráter e DNA de guabiru. Tudo que ele está fazendo hoje não é nada mais nada menos do que a preparação de um grande golpe a essa grande Nação. Ele vai fazer com o Brasil pior do que Collor e o governo militar fizeram. Esperem! Seus filhos rebatiam os argumentos do velho com unhas e dentes, civilizadamente, e o velho retrucava, dizendo: no futuro, veremos quem está certo!

Encantou-se antes, mas a sua profecia se cumpriu: nunca houve na história do Brasil e do Mundo um presidente mais ladrão do que o filho de Garanhuns: Luiz Inácio Lula Ladrão da Silva!

Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) caga na cadeira da Corte Maior mais uma vez e manda recado (Via agência pau que nasce torto mija fora da bacia).

O ministro do STF, Marco Aurélio Cara de Tabaca de Vaca Velha Empentelhada de Mello, dá mais uma cagada na cadeira da Corte Maior e manda soltar o ex goleiro Bruno Fernandes das Dores do Parto, alegando ser ele inocente de os cães rottweilers terem estraçalhado as pernas, os braços, a cabeça e outras partes do corpo da modelo Elizia Samudio, mãe de seu filho Bruninho.

O Bruno Fernandes não teve nenhuma culpa nessa senhora ter pulado o canil para pegar o macarrão e os cães famintos terem-lhe estraçalhado e comigo o corpo e enterrado a carcaça – argumentou o magistrado da Corte Maior em sua decisão para fundamentar a soltura do goleiro inocente!

Passar mais de sete anos presos por um crime que não cometeu é de uma vileza estúpida, ainda mais quando nosso Código de Processo Penal de 1941 ser taxativo ao assegurar que a inocência cabe a quem alega e não a quem acusa. E não há provas nos autos de que o paciente em questão tenha sido culpado por essa tragédia anunciada que o clamor popular chama de torpeza hediondez – escreveu o ministro no pergaminho.

E por não vislumbrar nada que justifique a mantença do paciente preso e principalmente por excesso de prezo é que, ao meu sentir, mando-lhe soltar como fiz recentemente com o ex-banqueiro Salvatore Cacciola, Suzane Von Richthofem e outros canalhas acusados de tráfegos de entorpecentes, denunciados pelo Ministério Público Federal.

Um juiz que não faz justiça é um Zé Mané a procura de aplausos, e esse magistrado não estar à procura de aplausos da patuleia. O clamor social que se exploda – completou o ministro, demonstrando o amor fraternal que ele nutre pelos injustiçados ricos e famosos cometedores de crimes hediondos.

Defiro a Liminar pleiteada. Expeça-se o Alvará de Soltura a ser cumprido com as cautelas próprias e ponha a solto esse inocente para jogar bola e alegrar o povo porque é disso que o povo precisa: pão, circo, jogo, UFCs, promessas de políticos, milagres de pastores, novelas da Record, noticiários sobre homicídios, latrocínios, assaltos, roubos, assassinatos e barracos dos fudidos e mal pagos filmados por essa coisa do cramunhão camada de WhatsApp e divulgados em programas sensacionalistas, principalmente com essas piranhas brigando por machos e rasgando o tabaco umas das outras em público para todo mundo ver e fazerem galhofas.

Brasília, Prostíbulo do Brasil, 21 de fevereiro de 2017.

Marco Aurélio Cara de Tabaca de Vaca Velha Empentelhada de Mello – RELATOR


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