Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Correio Braziliense quinta, 18 de novembro de 2021

NEGROS SÃO MAIORIA NO MERCADO DE TRABALHO DO D, MAS A TAXA DE DESEMPREGO AINDA É ALTA

Negros são maioria no mercado de trabalho do DF, mas taxa de desemprego ainda é alta

Os dados são do Boletim Populações Negras, da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), recebida em primeira mão pelo Correio, e divulgada pela Secretaria do Trabalho na manhã desta quinta-feira (18/11)

AM
Ana Maria Pol
postado em 18/11/2021 10:31
 
 (crédito: Gomez)
(crédito: Gomez)

A passos curtos, a luta pela valorização da população negra na escassez de trabalho tem ganhado novos capítulos na história do Distrito Federal. Essa é a síntese do Boletim Populações Negras, da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), recebida em primeira mão pelo Correio, e divulgada pela Secretaria do Trabalho na manhã desta quinta-feira (18/11). O levantamento mostra que, no primeiro semestre de 2021, a força de trabalho da capital federal era majoritariamente negra. A taxa de participação da população negra de 14 anos e mais na força de trabalho era de 67,1%, enquanto a da parcela não negra ficou situada em 61%.

Nisso, destaca-se que, a concentração de desemprego entre o público negro foi persistente em duas faixas etárias, segundo o boletim: a de jovens entre 18 e 24 anos, e a de adultos jovens, entre 30 e 39 anos. Juntos, os segmentos agregavam mais da metade dos desempregados negros no 1º semestre de 2021 (51,5%), um patamar inferior ao identificado no 1º semestre de 2020 (54%).

Sob a perspectiva da inserção no domicílio, as pessoas que ocupavam as posições de filho e de chefe no domicílio preponderam dentre os desempregados negros do Distrito Federal e corresponderam a 71,3% deste contingente, no 1º semestre de 2021. A proporção em desemprego para as pessoas que ocupavam a posição de filhos era de 48,8% e a de chefes de famílias, 22,5%, no mesmo período de pesquisa, mostrando que os chefes de família foram os mais penalizados no período inicial da pandemia.

Diferencial

A realidade é que as dificuldades causadas pela chegada da covid-19 acentuaram os efeitos da crise econômica. Mas o crescimento e generalização do desemprego recaiu de forma diferente nos trabalhadores que apresentaram diferenciais. No DF, destacaram-se trabalhadores que tinham experiência anterior de trabalho no conjunto de desempregados - de 67,9%, no 1º semestre de 2019, para 71,2%, no 1º semestre de 2020. Nos primeiros seis meses de 2021, este percentual médio ficou em 71,7%.

No comparativo do 1º semestre de 2021, a proporção de desempregados com trajetória ocupacional anterior no contingente negro alcançou 72,6%, resultado de continua ascensão das dificuldades para estes trabalhadores. Uma situação diferente do que ocorreu com a população não negra, cuja participação dos trabalhadores experientes dentre os desempregados apresentou recuo em 2021, na comparação com o ano anterior.

Tempo de procura por trabalho

Para esse público, a busca por um novo emprego tornou-se algo difícil, uma vez que o desemprego de longa duração virou uma característica histórica do mercado de trabalho brasileiro, algo que vem se agravando nos últimos anos, segundo a pesquisa da Codeplan. O tempo médio despendido pelos desempregados do DF na culpa por uma ocupação ficou na faixa de 54 semanas, durante o 1º semestre de 2021, o que reforça a ideia de dificuldade do mercado de trabalho para restabelecer as condições anteriores à pandemia.

Considerando as classes de tempo de procura por trabalho, no 1º semestre de 2021, 61,4% dos desempregados levavam acima de seis meses procurando por trabalho, sendo 37,2% de 6 a 12 meses e 24,2% mais de um ano. Esses percentuais foram superiores aos verificados no 1º semestre de 2019, 30,6% e 23,0%, respectivamente.


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