Qual seria o conceito mais exato para “negacionismo”?
Negar a verdade contida naquele discurso contrário ao nosso, ou não aceitar o nosso próprio discurso estando caolho no debate?
Desde quando passamos a dar mais crédito à Ciência da Conveniência, e abortamos de fato a razão da verdadeira razão?
Por que as nossas meias verdades devem ser promovidas sobre a verdade factual?
Desde quando nos perdemos na necessidade de expormos nossos conceitos observando apenas um sentido do trânsito na avenida das informações?
De quem partirá a quebra do egoísmo e do infame propósito em se mostrar certo nessa tétrica queda de braços entre duas mãos agarradas sobre uma mesa de disputa se sustentando na força de meias verdades?
Como pode alguém ser presunçoso, de tal forma, a se achar verdadeiro quando segue movido pela emoção do fanatismo e na leitura incompletas?
Oh! Como é paradoxal se sentir verdadeiro, quando amparado e alocado também em meias mentiras.
Quem será humilde bastante para reconhecer que sua mão deve largar a outra nessa briga, esquecer e abandonar seus discursos quebrados e juntar a sua meia verdade à meia verdade da outra mão na construção de uma verdade completa?
Já não nos importa os velhos conselhos. A união deixou de fazer a força. O povo desunido está sendo facilmente vencido.
Cada um, no fundo, negando a si mesmo o direito à razão e ao debate pleno de conhecimento.
Eis o mais completo conceito de negacionismo.
Entretanto, uma coisa não poderemos negar no futuro: todos seremos cobrados por nossas falas, atos e, até, por nossas omissões.
Porque Deus não pode Se negar em cumprir Sua palavra. E quem O nega, no fundo se nega e sonega a Verdade.