Antes de tornar-me chuva, neblinei-me lentamente em meio às nuvens cinzentas que flutuavam sobre meu chapéu. Ao primeiro pingo mais grosso, pressenti o brotar de um pé de verso, carregado de poesia, rimas e amor, no jardim de minha casa, bem ao lado ao lado do meu pé de manacá. A semente do bem-querer virou flor. Já quase tempestade, deixei-me envolver no lençol das lembranças boas e dormi o sono dos que acreditam que pode haver um mundo feliz. E sonhei. E ainda sonho. E sonharei até quando for possível sonhar.