Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Correio Braziliense sábado, 18 de janeiro de 2020

NAZISMO CABOCLO DERRUBA SECRETÁRIO

 

 

Nazismo caboclo derruba secretário
 
Roberto Alvim encerra a trajetória de 72 dias à frente da Cultura com um vídeo inspirado em Joseph Goebbels. Apesar do cenário montado e da trilha sonora, diretor de teatro negou referência ao regime de Hitler. Atriz Regina Duarte é convidada para o cargo
 
No último dos seus 72 dias à frente da Cultura do governo Bolsonaro, Roberto Alvim mostrou num vídeo institucional que trabalhava alinhado a ideologias extremistas. Alvim emulou o alemão Joseph Goebbels, um fanático responsável pela máquina de propaganda de Hitler. Com reproduções textuais da liderança nazista e com a ópera de Wagner ao fundo, o secretário disse almejar uma cultura nacional. O vídeo teve reação imediata: lideranças políticas, entidades da sociedade civil, artistas e a comunidade judaica criticaram o governo. Apesar do apreço ao assessor, demonstrado em entrevistas, Bolsonaro demitiu Roberto Alvim. %u201CUm pronunciamento infeliz, ainda que tenha se desculpado, tornou insustentável a sua permanência%u201D, disse, em nota, o presidente., Fotos: Reprodução/internet
 
 

 

LUIZ CALCAGNO
AUGUSTO FERNANDES
renato souza
Rodolfo costa

Publicação: 18/01/2020 04:00

O diretor de teatro Roberto Alvim ocupou o cargo de secretário especial da Cultura do governo Bolsonaro por 72 dias. O dramaturgo deixou o governo ontem, após interpretar o ministro da propaganda nazista Joseph Goebbels em um vídeo institucional, ao anunciar, no exercício da função, um programa do governo voltado para premiar artistas. Alvim não só usou um trecho do discurso adaptado às suas falas, como reproduziu o semblante sisudo do homem acusado de crimes contra a humanidade. Com uma Cruz de Lorena à direita, ainda usou como trilha sonora a ópera Lohengrin, de Richard Wagner, compositor favorito de Adolf Hitler.
 
A emulação mais evidente a Goebbels no vídeo ocorre em uma fala do ex-secretário, quando Alvim afirma que “a arte brasileira da próxima década será heroica e será nacional, será dotada de grande capacidade de envolvimento emocional, e será igualmente imperativa, posto que profundamente vinculada às aspirações urgentes do nosso povo — ou então não será nada”. No livro Joseph Goebbels: Uma biografia, do historiador alemão Peter Longerich, consta o discurso do ministro da propaganda: “A arte alemã da próxima década será heroica, será ferreamente romântica, será objetiva e livre de sentimentalismo, será nacional com grande pathos (potência emocional) e igualmente imperativa e vinculante, ou então não será nada”.
 
Convite a atriz
Alvim tentou se defender. Disse que se tratou de uma “coincidência com uma frase do discurso de Goebbels”. “Não o farei e jamais o faria. Foi, como eu disse, uma coincidência retórica, mas a frase em si é perfeita: heroísmo e aspiração do povo é o que queremos ver na arte nacional”, argumentou. 
 
Pouco depois, porém, Bolsonaro exonerou Alvim. “Comunico o desligamento de Roberto Alvim da Secretaria de Cultura do Governo. Um pronunciamento infeliz, ainda que tenha se desculpado, tornou insustentável a sua permanência. Reitero nosso repúdio às ideologias totalitárias e genocidas, bem como qualquer tipo de ilação às mesmas. Manifestamos também nosso total e irrestrito apoio à comunidade judaica, da qual somos amigos e compartilhamos valores em comum”, disse, em nota.
 
Horas após a exoneração de Alvim, a atriz Regina Duarte, de 72 anos, foi convidada pelo presidente Jair Bolsonaro para assumir a Secretaria Especial de Cultura. Ela pediu tempo para conversar com a família e deve dar uma resposta hoje. 
 
Logo após a exoneração de Alvim, parlamentares correram até o Executivo para indicar um substituto. “Mais de 40 políticos entraram em contato para sugerir alguém”, informou ao Correio uma fonte do alto escalão do governo federal. 
 
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