POESIA DE CORDEL EM ALTO MAR
Antes de retomar os estudos sobre a técnica de se fazer um cordel, mais um momento daqueles em que a gente faz um cordel meio de improviso, pra registrar um momento importante, agradável ou os dois.
Era fevereiro de 2006, e eu e minha esposa, Natália, estávamos viajando pelo litoral do Nordeste Brasileiro, no navio Pacific. Toda noite acontecia um show no salão principal do navio. Na última noite, o show era “O Turista é o Artista”, e era feito, obviamente, pelos próprios passageiros.
Quando soube disso, logo pela manhã, fiz imediatamente um cordel, registrando os principais pontos da viagem. À tarde, ensaiei com a banda, pois o mote seria apresentado como um refrãozinho cantado, e à noite apresentei a peça. O pessoal se divertiu um bocado.
Para minha maior alegria, Natália registrou tudo com nossa câmera digital. O clipe está aí em cima; o texto, abaixo:
NAVEGANDO
Antes de retomar os estudos sobre a técnica de se fazer um cordel, mais um momento daqueles em que a gente faz um cordel meio de improviso, pra registrar um momento importante, agradável ou os dois.
Era fevereiro de 2006, e eu e minha esposa, Natália, estávamos viajando pelo litoral do Nordeste Brasileiro, no navio Pacific. Toda noite acontecia um show no salão principal do navio. Na última noite, o show era “O Turista é o Artista”, e era feito, obviamente, pelos próprios passageiros.
Quando soube disso, logo pela manhã, fiz imediatamente um cordel, registrando os principais pontos da viagem. À tarde, ensaiei com a banda, pois o mote seria apresentado como um refrãozinho cantado, e à noite apresentei a peça. O pessoal se divertiu um bocado.
Para minha maior alegria, Natália registrou tudo com nossa câmera digital. O clipe está aí em cima; o texto, abaixo:
NAVEGANDO
Por Marcos Mairton
Quando olhei para o navio
Atracado ali no cais
Eu pensei como seria
Muito bom, até demais,
Conhecer os litorais
As praias do meu Brasil
Aquelas que Cabral viu
Quando aqui foi chegando
Navegando, navegando,
No oceano a deslizar
E o Pacific me levando
Sobre as ondas do mar.
Embarquei todo animado
Na maior felicidade
Mais feliz fiquei ainda
Quando vi minha cidade
Já olhando, com saudade,
Para o barco que partia
Dentro dele, eu lhe dizia:
– Logo estaremos voltando
Navegando, navegando,
No oceano a deslizar
E o Pacific me levando
Sobre as ondas do mar.
Daquele dia até hoje
Navegamos um bocado
Do balanço do navio
Nunca fiquei enjoado
Fiquei foi maravilhado
De encontrar tanta beleza
Que Deus ou a Natureza
Por aqui foi espalhando
Navegando, navegando,
No oceano a deslizar
E o Pacific me levando
Sobre as ondas do mar.
Foram tantas belas praias
Que daqui pudemos ver
Que na memória gravamos
Pra nunca mais esquecer
Que nem tento descrever
Com palavras o que vimos
Desde o dia em que partimos
Neste navio embarcando
Navegando, navegando,
No oceano a deslizar
E o Pacific me levando
Sobre as ondas do mar.
Mas como nada acontece
Do jeito que a gente sonha
Não pude desembarcar
Em Fernando de Noronha
Moça, não fique tristonha,
Foi pra nossa segurança
Tenho muita esperança
De voltar, só não sei quando
Navegando, navegando,
No oceano a deslizar
E o Pacific me levando
Sobre as ondas do mar.
Aqui do lado de dentro
Desta bela embarcação
Recebemos o carinho
De toda tripulação
Vou dizer: - Ó capitão!
Comandante Antonio Pata
A vossa equipe me trata
Como um rei, tá me mimando
Navegando, navegando,
No oceano a deslizar
E o Pacific me levando
Sobre as ondas do mar.
É hora da despedida
Já começo a ter saudade
Do navio, das pessoas,
De cada nova amizade
Volto pra minha cidade
No próximo amanhecer
Mas nunca vou esquecer
Deste Salão Carousel
Do Lennon e do Iel,
Nem da Banda Salvatagem
De, durante a viagem,
Andar no Deck Riviera,
Aloha, Lido, quem dera,
Voltar aqui, novamente,
E encontrar toda essa gente
Que estou encontrando
Navegando, navegando,
No oceano a deslizar
E o Pacific me levando
Sobre as ondas do mar.