Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Correio Braziliense segunda, 30 de outubro de 2023

NATUREZA: FLAMBOYANTS COLOREM BRASÍLIA E VIRAM ATRAÇÃO DA CIDADE NESTA ÉPOCA DO ANO

 

Flamboyants colorem Brasília e viram atração da cidade nesta época do ano

Cerca de 100 mil árvores da espécie africana florescem nesta época. A beleza encanta os moradores, que registram o espetáculo primaveril em fotos

Esposa e sobrinha de Leo Caldas ao lado de flamboyant da L4 Sul -  (crédito: Fotos: Acervo pessoal)
Esposa e sobrinha de Leo Caldas ao lado de flamboyant da L4 Sul - (crédito: Fotos: Acervo pessoal)
 
 
 
 
Correio Braziliense
postado em 30/10/2023 06:00

Julianna Valença —  Especial para o Correio

Ana Luísa França — Especial para o Correio

 
O desabrochar das flores vibrantes do flamboyant, espécie nativa da ilha de Madagascar, no continente africano, não passa despercebido por quem anda pelas ruas de Brasília. São cerca de 100 mil árvores que representam a espécie no DF, segundo dados da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap). A vegetação inicia sua alta temporada neste mês, logo após a florada dos ipês, e vai até dezembro. 

 

  • Maria Aparecida contempla o flamboyant da casa vizinha
    Maria Aparecida contempla o flamboyant da casa vizinhaAcervo pessoal
     
     
  • Denise Mazzoni criou um perfil nas redes sociais para registrar a natureza em Brasília
    Denise Mazzoni criou um perfil nas redes sociais para registrar a natureza em BrasíliaReprodução/Instagram: @naturezapelosmeusolhos
     
     
  • Milena, Micelli e Rafaela eternizam o momento pelas lentes de Leo Caldas
    Milena, Micelli e Rafaela eternizam o momento pelas lentes de Leo CaldasAcervo pessoal
     
     
  • A exuberância dos flamboyants na L4 Sul pelas lentes de Leo Caldas
    A exuberância dos flamboyants na L4 Sul pelas lentes de Leo CaldasFotos: Acervo pessoal 

 

A beleza dos diferentes tipos de plantas que compõem a paisagem da cidade inspirou a dentista Denise Mazzoni Armando Santana, 54 anos, a criar um perfil no Instagram dedicado a fotos da natureza @naturezapelosmeusolhos. Os registros dos flamboyants feitos pela mineira, que vive no DF há 17 anos, ganharam destaque na rede social.

"Quando descobri o flamboyant, fiquei impressionada. De longe já vemos aquelas copas vermelhas muito lindas e o que mais encanta são os detalhes das flores", diz Denise, que fotografa a paisagem no espaço entre os compromissos diários. A moradora ficou admirada após uma de suas imagens da árvore africana reunir cerca de 900 curtidas. "Fiquei surpresa, pois não sou fotógrafa profissional, tiro as fotos com o coração", completa.

A floração de um flamboyant é acompanhada há 14 anos pela empregada doméstica Maria Aparecida de Sousa, 47. Residente em Planaltina, a brasiliense contempla a árvore criada no terreno do vizinho. "O que mais me surpreende é o  formato, parece um guarda-chuva. Sinto paz interior por ter o privilégio de observar de perto essa maravilha que são os flamboyants", ressalta.

Contraste

A engenheira agrônoma e doutora em ecologia Carmen Regina Mendes explica que os flamboyants são de grande porte, podendo variar de 10 a 15 metros de altura. Possuem copa aberta, com diâmetro que pode chegar a 10 metros. A árvore pode florescer na cor amarela, vermelha ou laranja e tem como fruto uma planta leguminosa, que se assemelha a uma vagem, mas não é própria para consumo. Outra característica é a casca lenhosa e dura presente no fruto, além das sementes que ficam soltas dentro dele quando seco.

O professor e doutor em paisagismo da Universidade de Brasília (UnB) Julio Pastore avalia que a espécie é importante para compor a paisagem de Brasília. "O flamboyant floresce numa época em que temos poucas flores nas árvores. Então, destaca-se pela beleza nas quadras da capital e todo mundo se impressiona. É uma árvore ótima, tem muito potencial para melhorar o ambiente urbano desde que usada em áreas extensivas, onde ele pode crescer", destaca.

"Ficamos encantados e resolvemos parar para fazer as fotos naquela via onde só passavam carros e foi um sucesso. O melhor de tudo é que foi espontâneo. No outro dia, vários fotógrafos foram lá fazer imagens também", relata Caldas.

A servidora pública Milena Braga, 48, esposa de Leo, nunca viu nenhum flamboyant na região em que mora. No dia em que as fotos foram tiradas, estavam indo para a casa dos pais e passando pelo local resolveram parar, pois acharam as árvores lindas e alegres. Milena observa que as copas e raízes tornam a planta muito bonita e diz que gostaria de ver mais árvores como essas em áreas abertas, como os parques.

Cuidados

Entre os cuidados necessários, Carmen Regina ressalta que o flamboyant não deve ser plantado em calçadas e nem perto de vias estreitas. "O flamboyant tem raízes superficiais, que crescem na superfície e danificam a pavimentação. Então, não é uma árvore para plantar em calçada ou vias estreitas. Ela é para parques, para áreas livres, por ter também uma copa muito grande e aberta", assinala.

Clima

Julio Pastore enfatiza que a planta necessita de dias quentes para sobreviver, como no Brasil. Além do clima, Julio complementa que o solo deve ser razoavelmente fértil e com certa disponibilidade de água, mas a planta não é tão exigente em relação ao recurso hídrico. Por isso, consegue se adaptar e se desenvolver no país.

Outra cautela é com a adubação e, ainda, aguar constantemente na primeira estação seca da planta. "É necessário fazer as regas da planta a cada 3,5 dias durante esse período", informa Julio Pastore. Após essas precauções no momento do plantio, o flamboyant não necessita de maiores cuidados. O professor reforça que a planta não é muito suscetível a pragas e doenças. Porém, caso esteja próxima a construções, Julio alerta que é necessário fazer eventuais podas na árvore.

Apesar de ser de grande porte, a madeira do flamboyant não é tão resistente e Carmen Regina alerta sobre a quebra de galhos no período de chuva. "Ela é porosa. Então, principalmente quando tem podas frequentes que a danificam, vai absorvendo a umidade no período de chuvas e quebra galhos", salienta.


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